sábado, 24 de abril de 2010

“Tendes de atribular as vossas almas”

Embora seja verdade que Deus ordenou os de sua nação escolhida que ‘atribulassem as suas almas’, em geral isso é entendido como querendo dizer jejum. (Levítico 16:31) Jejuava-se como expressão de tristeza e arrependimento de pecados ou quando se estava numa situação angustiante. Assim, o jejum não era uma forma de punição auto-inflingida, mas representava humilhar-se perante Deus. — Esdras 8:21.

Havia alguns judeus, porém, que pensavam erroneamente que o mero desconforto causado por atribularem a alma tinha mérito e que colocava Deus sob a obrigação de lhes dar algo em troca. Quando não recebiam nada em recompensa, perguntavam presunçosamente a Deus sobre o pagamento que achavam merecer: “Por que razão jejuamos e tu não o viste, e atribulamos a nossa alma e tu não o notavas?” — Isaías 58:3.

Mas eles estavam errados. O jejum religioso correto não envolvia asceticismo, atribular o corpo com fome como se a dor ou o desconforto físicos em si mesmos tivessem qualquer mérito. Fortes emoções podiam diminuir a fome. Com a mente absorta em problemas prementes, o corpo talvez não sinta vontade de comer. Isso indica a Deus os sentimentos profundos de quem jejua.

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