quarta-feira, 21 de abril de 2010

O CREDO DE NICÉIA

Por volta do quarto século, alguns eclesiásticos, inclusive o jovem arcediago Atanásio, argumentavam que Jesus e Deus eram a mesmíssima pessoa. Por outro lado, homens tais como o presbítero Ário apegavam-se à posição bíblica, de que Jesus fora criado por Deus e era subordinado ao seu Pai. Em 325 E. C., reuniu-se em Nicéia, na Ásia Menor, um concílio eclesiástico convocado pelo imperador romano Constantino para resolver tais questões. Neste concílio, o imperador pagão Constantino favoreceu o lado de Atanásio. Portanto, os conceitos expressos por Ário, embora firmemente baseados na Bíblia, foram declarados heréticos.
Seguiu-se então um ‘experimentar palavras e afiar frases’ para projetar um credo como instrumento a ser usado contra os que afirmavam que Cristo teve início e não era consubstancial com seu Pai. O Credo ou Símbolo de Nicéia, na sua forma original, destinava-se claramente a combater a posição de Ário. Concluía com a seguinte declaração, que mais tarde foi excluída do credo:
“Mas os que dizem que houve tempo em que não existia; ou que não existia antes de ser gerado; ou que foi feito daquilo que não teve princípio; ou que afirmam que o Filho de Deus é de qualquer outra substância ou essência, ou criado, ou variável, ou mutável, estes são anatemizados [amaldiçoados] pela Igreja Católica e Apostólica.” — Cyclopedia de M’Clintock & Strong, Volume 2, páginas 559-563.
Digno de nota é também o fato de que o credo original redigido em Nicéia não atribuiu personalidade ao Espírito Santo. Todavia, adições posteriores, que se crê terem sido feitas pelo Concílio de Constantinopla, em 381 E. C., fizeram isso. O credo ou símbolo redigido em Nicéia, em 325 E. C., com as suas alterações posteriores, passou para a história como o Credo de Nicéia. Reza do seguinte modo:
“Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial com seu Pai, por quem todas as coisas foram feitas; o Qual, por causa de nós homens e por causa da nossa salvação, desceu dos céus e, por virtude do Espírito Santo, tomou carne da Virgem Maria e foi feito homem. Também, por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, sofreu e foi sepultado; e ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu para o céu; está assentado à direita de seu Pai e outra vez há de vir, com glória, para julgar os vivos e os mortos; e do seu Reino não haverá fim. E (creio) no Espírito Santo, Senhor e vivificador, que procede do Pai e do Filho; o qual simultaneamente com o Pai e o Filho, é adorado e conglorificado; o qual falou pelos profetas. E em uma só Igreja Santa, Católica e Apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados e espero a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém.”
Depois de se ler cuidadosamente o Credo de Nicéia, é interessante notar que ainda não se define nele completamente a Trindade. Afirma-se que o Pai e o Filho são da mesma substância, e o Espírito Santo é chamado de “Senhor e vivificador”, mas não se diz que estes três são “um só Deus”. Ainda havia de haver mais ‘experimentar palavras e afiar frases’.

Um comentário:

  1. isso é muito esquisito!
    primeiro D-us disse que não é homem e não tem outro além Dele, agora aparece com um filho que ele sacrifica uma vez que manda não fazer sacrificio humano e nem é sacrificio tá mais pra suicidio pois uma vez que ele jesus tem como se livrar e não se livra logo temos suicidio e também o tal do espirito que diz que é santos e de santo não tem nada pois vai lá com a mulher do cara e nem fala nada pra ele e gera o perseu da mitologia grega, esse negocio tá muito esquisito!

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