segunda-feira, 31 de maio de 2010

‘Mel Numa Faca Bem Afiada’

Por conseguinte, a Lei de Deus, dada aos israelitas, proibia qualquer forma de espiritismo, dizendo: “Não se deve achar em ti . . . alguém que empregue adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios, ou um feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamento, ou alguém que vá consultar um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos.” — Deuteronômio 18:10, 11.

Os cristãos, no primeiro século, purificaram-se de toda a ligação com o espiritismo. destruindo toda a parafernália demoníaca. (Atos 19:19) Os jovens, hoje em dia, que desejam ter a amizade de Deus evitarão similarmente qualquer coisa ligada ao ocultismo. Isso inclui todos os filmes, livros, revistas em quadrinhos e pôsteres com implicações espíritas. Até mesmo a escolha pessoal de música deve ser submetida a sério escrutínio. A heavy metal, por exemplo, tem repetidas vezes sido ligada ao satanismo.

Os tibetanos tem um ditado: ‘Pense duas vezes antes de aceitar mel oferecido numa faca bem afiada.’ Ao tentar lamber o mel da faca, poderá perder a língua! Similarmente, não importa quanto sua curiosidade seja aguçada pelo sobrenatural, este é letal. Assim, recuse qualquer convite para participar numa sessão de ocultismo, ou mesmo para observá-la. Algo aparentemente tão inofensivo como a brincadeira de mover os copos pode levar a um perigoso envolvimento no demonismo. Na verdade, você talvez se sinta curioso. Mas, será que comeria carne estragada simplesmente para saber como se sente alguém que sofre de intoxicação alimentar?

Dirk (mencionado previamente) conseguiu libertar-se do ocultismo. Por estudar a Bíblia, com a ajuda das publicações da Sociedade Torre de Vigia, veio a entender a verdade sobre seu pai falecido, e aprendeu sobre a esperança duma ressurreição. (Salmo 146:4; João 5:28, 29) Esta verdade o libertou de todo desejo de comunicar-se com o mundo dos espíritos. (Compare com João 8:32.) Onde está Dirk agora? Ele juntou-se às fileiras dos estudantes da Bíblia e trabalha na gráfica duma filial da Sociedade Torre de Vigia (EUA), como ministro de tempo integral.

Sim, a Bíblia satisfaz nossas ‘necessidades espirituais’. (Mateus 5:3) E, a longo prazo, isto é muito mais benéfico do que satisfazer a curiosidade mórbida da pessoa por meio do perigoso e mortífero ocultismo.
O envolvimento no ocultismo pode começar com um jogo aparentemente inofensivo, tal como esta prancheta Ouija, ou a utilização de um copo virado de boca para baixo.

Os Reais Habitantes do Mundo dos Espíritos

As Escrituras deixam claro que “os mortos. . . não estão cônscios de absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5) Portanto, o mundo dos espíritos não é habitado pelas almas dos entes queridos falecidos. Qual, então, é o motivo de tais experiências assustadoras? São os demônios iníquos! De acordo com a Bíblia, estes são anjos rebeldes, seguidores de Satanás, o Diabo. (1 Pedro 3:19, 20; Revelação 12:9) Eles possuem um histórico de perpetrar a maldade e causar lesões físicas entre os humanos.

Lucas 9:42, por exemplo, fala-nos de um homem possesso de demônios a quem ‘o demônio lançou no chão e o convulsionou violentamente’. Quanto sadismo! Atos 19:16 descreve similarmente como um homem possesso de demônios lançou violento ataque contra sete pretensos exorcistas. Experiências modernas confirmam claramente que os demônios não mudaram nem um pouco os seus modos violentos de agir.

O jovem que começa a brincar com a PES [percepção extra-sensorial], a astrologia, as cartas do tarô, ou qualquer forma de ocultismo, pode assim estar abrindo a porta para sofrer experiências horripilantes. A revista Personality, disse: “Um traço comum das experiências de todos com quem falamos [que se haviam envolvido no ocultismo] era que eles haviam sido tragados cada vez mais pelo redemoinho satânico através de canais recobertos por um fino verniz de respeitabilidade.” Sim, o ocultismo nada mais é do que um trampolim para contatar Satanás e os demônios!

‘Incrível Tormento’

“Se eu ao menos soubesse”, é uma frase ouvida comumente entre os que vieram a lamentar ter brincado com o sobrenatural. Assim comentou Personality, uma revista sul-africana. Típico é o lamento: “Se eu ao menos não tivesse sido tão ingênuo. . . . Tenho sofrido incrível tormento, ouvido vozes, tido pesadelos, ouvido ameaças, e sido torturado mental e fisicamente por outros satanistas ao tentar cair fora disso.”

Todos dos 24 por cento dos professores entrevistados na Alemanha observaram a influência perturbadora do ocultismo sobre os alunos. Alguns estudantes mostravam-se introvertidos, tinham problemas de aprendizagem, viviam com medo, sofriam depressão e apresentavam a tendência de infligir danos a si mesmos ou a outros. Dirk muitas vezes não conseguia dormir de noite. Relembra: “Tomado de medo de ficar possesso de demônios, não ousava fechar os olhos. Qualquer ruído me fazia tremer.” Um jovem chamado Miguel passou similarmente “noites sem dormir, fustigado pelos demônios”, depois de tomar poções prescritas para ele. Outros informes descrevem ominosas mudanças de personalidade de pessoas que participam de práticas ocultas. Uma jovem assustou sua mãe ao informá-la de que, no futuro, ela se vestiria de preto (a cor com que ela também queria que seu quarto fosse pintado) e dormiria num caixão aberto!

Por Que Ficam Envolvidos

O ocultismo envolve o sobrenatural, uma exploração do mundo espiritual por meio da astrologia, da adivinhação, da feitiçaria, da magia e de coisas semelhantes. E por que tantos jovens mostram-se ansiosos de perscrutar tais coisas? Dirk tinha profundo desejo de contatar seu falecido pai. Convicto de que poderia fazer isto se desenvolvesse seus poderes mentais, ele começou a seguir uma rotina de meditação em que tentava fazer os objetos se moverem sem tocar neles. Tal meditação, disse Dirk, levou-o ao liminar do mundo dos espíritos!

Outros jovens temem o futuro. Querem obter conselhos sobre suas notas ou suas perspectivas de casamento, e acham que o mundo dos espíritos pode ajudá-los. Especialmente perturbadora é a adoração do próprio Satanás! Qual o atrativo para tal religião horripilante? “Estou nela em busca de poder”, explicou um jovem canadense que pratica o satanismo. “Ela me dá poder para ferir as pessoas.”

A maioria dos pesquisadores, contudo, crê que o principal motivo de os jovens ficarem envolvidos no ocultismo é a simples curiosidade. “Eu estava tão curiosa”, confessou uma jovem que se envolveu no ocultismo. Outra moça expressou-se do seguinte modo: “De início, eu era muito céptica, mas, pensei: ‘Pelo menos você ficará sabendo do que realmente se trata.”’ Assim, ela aceitou o convite duma amiga de participar duma sessão de ocultismo.

Alguns jovens, movidos pela curiosidade, tentam experimentar a prancheta Ouija ou fazer improvisações por estudar os movimentos de um copo virado de boca para baixo. Daí é apenas um pulinho até seu envolvimento mais profundo no espiritismo, pelo uso de bolas de cristal, cartas do tarô, pêndulos, folhas de chá e livros de horóscopo. Alguns até começam a consultar adivinhos profissionais, ou curandeiros. Muitos profissionais, contudo, não passam de embusteiros. Por exemplo, a fim de melhorar suas notas, Alexandre contatou um curandeiro. Não só não melhorou suas notas, mas sofreu perdas financeiras. Seu dinheiro foi repartido entre o falso curandeiro e o suposto amigo que o recomendou.

Para muitos jovens, porém, aventurar-se no espiritismo resulta em algo muito mais prejudicial do que perdas financeiras.

Por que devo evitar o ocultismo?

“EU ERA muito apegada ao vovô”, disse a jovem, “e, quando ele morreu, isso me atingiu terrivelmente. Eu queria saber se era possível entrar em contato com ele de novo”. A jovem começou assim a interessar-se pelo ocultismo.

Um recente informe declarava que “pelo menos 200.000 crianças e jovens na República Federal da Alemanha tinham experimentado várias formas de ocultismo”. O Japão apresenta uma safra de médiuns amadores na escola, alguns especializando-se em telepatia, outros em hipnose, e ainda outros no exorcismo. Na Nigéria, não é incomum, nos dias atuais, ouvir falar de crianças que freqüentam a escola primária praticarem a feitiçaria. E, infelizmente, até mesmo alguns jovens criados por pais cristãos tem, talvez sem se dar conta, brincado com o sobrenatural.

Por que o ocultismo exerce tal fascínio sobre os jovens? E por que é tão perigoso envolver-se nele?

domingo, 30 de maio de 2010

No “Tempo Designado” de Deus

Jesus indicou que o julgamento ocorreria numa ocasião definida. Mas, ao advertir seus seguidores, disse: “Mantende-vos despertos, pois não sabeis quando é o tempo designado.” — Marcos 13:33.

Habacuque, comissionado por Deus seis séculos antes para escrever a respeito da execução do julgamento divino, também disse que seria “para o tempo designado”. E, como advertência contra se ficar impaciente, ou talvez até mesmo em dúvida, sob orientação divina ele prometeu: “Não mentirá. Ainda que se demore, continua na expectativa dela; pois cumprir-se-á sem falta. Não tardará.” — Habacuque 2:2, 3.

Mas, se o julgamento de Deus é “para o tempo designado”, e se este “não tardará”, por que disse Habacuque “ainda que se demore”? Evidentemente para mostrar que alguns do povo de Deus esperariam que viesse mais cedo do que realmente viria. Por quê? Porque o tempo exato da sua vinda permaneceria desconhecido a eles.

Mesmo Jesus, quando na terra, não sabia o tempo exato, pois disse: “Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.” (Marcos 13:32) O que ele realmente sabia, porém, era o período em que o julgamento ocorreria. Assim, diante da solicitação de seus discípulos, forneceu um sinal que os habilitaria a reconhecer este período uma vez que este tivesse iniciado. A primeira evidência, disse Jesus, seria “como as primeiras dores do parto”. Naturalmente, a mulher grávida, quando se iniciam os trabalhos de parto, não sabe o momento exato em que o filho nascerá. Entretanto, ela sabe que seu nascimento é iminente. — Mateus 24:3-8, A Bíblia na Linguagem de Hoje.

Demora Deus seu julgamento?

IMAGINE que esteja aguardando um visitante de fora da cidade, que lhe avisou o dia de sua chegada, mas não a hora. Com o passar das horas sem que ele chegue, você começa a perguntar-se se ele teve um atraso. Era este realmente o dia que ele disse que viria? Poderia ter havido um engano? Aos poucos, o que de início era apenas impaciência dá margem a algo mais desconcertante, algo chamado dúvida.

Isso pode descrever bem como alguns se sentem quanto à prometida chegada do tempo de Deus para executar julgamento contra a iniqüidade. Afinal de contas, seus adoradores têm aguardado isso por muito tempo. Tome por exemplo o fiel Rei Davi. Mais de 3.000 anos atrás ele disse: “O próprio Deus, à tua direita, há de despedaçar reis no dia da sua ira. Executará julgamento entre as nações.” Portanto, pode-se censurar hoje alguém por perguntar: Quando? — Salmo 110:5, 6.

Por confrontarem as condições do mundo com a profecia da Bíblia, e por tomarem em conta a cronologia bíblica, estudantes diligentes da Bíblia convenceram-se de que o dia do julgamento de Deus está finalmente próximo. Mas, não pensaram muitos no passado da mesma forma, apenas para descobrirem mais tarde que estavam enganados? Há algum modo seguro de determinar exatamente quando o julgamento de Deus será executado?

Deus Não Demorará — E Você?

Se estiver estudando a Bíblia e aprendendo sobre os propósitos de Deus, não se demore em fugir para o simbólico lugar de proteção de Deus. ‘Procure a justiça, procure a mansidão’, para que possa ‘ser escondido no dia da ira de Deus’. — Sofonias 2:1-3.

Lembre-se dos cristãos do primeiro século que fugiram de Jerusalém em 66 EC, quando reconheceram o sinal que Jesus dera do impendente julgamento dela. Qualquer um que se demorou em fugir — seja qual fosse o motivo — provavelmente foi induzido a um falso senso de segurança quando os romanos, que haviam cercado a cidade e se retirado inesperadamente, não voltaram. Passaram-se semanas. As semanas tornaram-se meses. Os meses tornaram-se anos. Alguns podem ter pensado que Deus estava demorando a execução do seu julgamento. Mas, repentinamente os romanos retornaram em 70 EC. Não houve escapatória para os que estavam dentro da cidade. — Lucas 21:20-22.

As pessoas hoje que, por outro lado, já dedicaram sua vida a fazer a vontade de Deus e fugiram para o Seu lugar de segurança não se devem demorar em cumprir suas obrigações cristãs. Não devem escusar-se de pregar a mensagem de Deus sobre o julgamento, assim como Jonas tentou fazer quando foi instruído a avisar os ninivitas do julgamento divino. Tampouco devem retroceder à inatividade, ficar amuados como ele por as coisas não ocorrerem segundo a expectativa, ou tão rapidamente quanto esperavam. — Jonas 1:1, 2, 5, 10, 11; 2 Pedro 3:15.

Apropriadamente A Sentinela em inglês de 1.° de junho de 1906 declarou o seguinte concernente à execução do julgamento de Deus: “O tempo manifestará plenamente a sabedoria divina quanto ao que parece à humanidade de visão tacanha como cruel demora . . . Deus bondosamente nos fez entender seu ponto de vista e fez-nos ver o glorioso futuro . . . e, na medida em que somos capazes de compreender isso e crer nisso, podemos ficar tranqüilos e nos alegrar disso. Mas, nesse ínterim, sendo assim benevolamente revigorados pela perspectiva animadora, precisamos aguardar pacientemente o fim, doloroso como possa ser o tempo de espera.”

E esperar é o que faremos, com a seguinte convicção plena: “Cumprir-se-á sem falta. Não tardará.” — Habacuque 2:3.

Desenvolvimentos Políticos

Também foram preditos certos desenvolvimentos políticos que ocorreriam antes da execução do julgamento de Deus. Vê-se claramente agora o cumprimento da profecia de Daniel a respeito de “dois reis” ( capítulo 11) prestes a completar-se. Deus executará o julgamento no auge deste cumprimento. — Veja Daniel 2:44.

Embora opostas uma à outra, as superpotências e seus blocos — “o rei do sul” e “o rei do norte” — estão ambas representadas na organização política global que hoje faz com que as pessoas ‘se admirem grandemente’. Que descrição apropriada da Liga das Nações, surgida após a Primeira Guerra Mundial, e de sua sucessora, as Nações Unidas, surgida após a Segunda Guerra Mundial. — Daniel 11:40; Revelação 17:8.

Ideológica e politicamente divididos, e, contudo, ao mesmo tempo “unidos”, estes “dois reis” têm muito que ver com a preservação da “paz e [da] segurança” do mundo. Isto também é significativo, pois a profecia bíblica diz que “quando estiverem dizendo: ‘Paz e segurança!’ então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição”. Até que ponto esses “dois reis”, separadamente e em conjunto com a Organização das Nações Unidas, conseguirão solucionar os problemas políticos, econômicos, ambientais e sociais, de modo a se sentirem justificados a fazer essa proclamação, no momento não sabemos. — 1 Tessalonicenses 5:2, 3.

O que sabemos, porém, é que a Organização das Nações Unidas, em algum tempo do seu governo, junto com todas as suas nações-membros — inclusive de forma mais notável esses “dois reis” — sofrerão o julgamento de Deus e ‘irão para a destruição’. Sabemos também que a geração de 1914 encontra-se numa fase bem adiantada do declínio de sua existência, restando assim pouco tempo para esta profecia ainda se cumprir. Mas sabemos também — para isso temos a promessa do próprio Jesus — que “esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas aconteçam”. — Revelação 17:11; Marcos 13:30.

Ajuntamento Duplo

A apostasia, embora sua vinda fosse certa, não impediria o propósito de Deus de escolher 144.000 cristãos fiéis para serem co-regentes com Seu Filho, Jesus, no céu. (Veja Revelação 14:1-5.) Somente depois que seu número tivesse sido completado e eles tivessem sido finalmente selados por Deus é que poderia ocorrer a execução do julgamento de Deus. Revelação 7:2, 3 explica: “Para os quatro anjos . . . [foi dito]: ‘Não façais dano nem à terra, nem ao mar, nem às árvores [por trazerem os ventos destrutivos do julgamento de Deus contra as nações], até depois de termos selado os escravos de nosso Deus nas suas testas.’” Conforme sabemos agora, esta obra ainda não havia terminado quando o Reino foi estabelecido em 1914.

Assim, embora alguns esperassem que a execução do julgamento viesse naquele tempo, isso não podia acontecer. A edição de 1.° de janeiro de 1914 de A Sentinela, em inglês, deu margem a isso, declarando que embora “o Ano de 1914 [seja] o último daquilo que a Bíblia chama de ‘Tempos dos Gentios’ . . . de modo algum confiamos em que este ano, 1914, vá testemunhar mudanças de dispensação tão radicais e rápidas quanto temos esperado”. Não obstante, conforme o artigo prosseguiu explicando, os cristãos eram gratos de que a cronologia os despertara quanto à iminência do julgamento divino. Dizia: “Acreditamos que a cronologia seja uma bênção. Se ela nos despertar poucos minutos mais cedo ou poucas horas mais cedo de manhã do que de outra forma acordaríamos, muito bem! São os que estão acordados que obtêm a bênção.”

Estariam também entre os que obtêm uma bênção aqueles que a Bíblia descreve como “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. Foi somente em 1935 que se entendeu plenamente que esta “grande multidão” seria composta de pessoas “que saem da grande tribulação”, isto é, dos que abandonam a organização de Satanás e tomam posição ao lado de Deus, de modo a sobreviverem à execução do julgamento de Deus. Já por umas cinco décadas, a obra de ajuntamento desta “grande multidão” tem prosseguido de acordo com o propósito de Deus. Podemos alegrar-nos de que o julgamento divino não será executado até que esta obra vitalizadora tenha sido completada. — Revelação 7:9, 14.

Por que Deus ainda não executou seu julgamento

CERCA de duas décadas após a morte de Jesus, alguns cristãos já esperavam a ‘chegada’ de Deus para o julgamento. Isto induziu o apóstolo Paulo a escrever-lhes, dizendo: “O dia de Deus . . . não virá a menos que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem que é contra a lei, o filho da destruição.” Embora Paulo admitisse que “o mistério daquilo que é contra a lei” já ‘estava operando’ nos seus dias, obviamente não ao ponto necessário, de modo que o julgamento divino pudesse vir. — 2 Tessalonicenses 2:2, 3, 7, 8.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não pecaram contra o espírito santo

Ocasionalmente, um cristão, mesmo tendo confessado seus pecados graves e recebido ajuda espiritual dos anciãos congregacionais, talvez se sinta afligido pela preocupação com essas violações da lei de Deus no passado. (Tiago 5:14) Se isso estiver acontecendo com você, com certeza se beneficiará do que as Escrituras dizem sobre aqueles cujos pecados foram perdoados.

O Rei Davi cometeu um pecado grave em relação a Bate-Seba, esposa de Urias. Depois de ver de seu terraço próximo essa bela mulher banhar-se, Davi fez com que a trouxessem a seu palácio e teve relações sexuais com ela. Ao saber que a mulher estava grávida, ele armou um plano para que o marido dela, Urias, dormisse com ela e, desse modo, encobrir o adultério. Quando essa trama falhou, o rei providenciou que Urias fosse morto em batalha. Depois, Bate-Seba casou-se com Davi e deu-lhe à luz um filho que morreu. — 2 Samuel 11:1-27.

Deus cuidou do assunto envolvendo Davi e Bate-Seba. Ele perdoou Davi, pelo visto levando em conta fatores como seu arrependimento e o pacto do Reino que fizera com ele. (2 Samuel 7:11-16; 12:7-14) Com certeza Bate-Seba mostrou uma atitude de arrependimento, pois teve o privilégio de ser mãe do Rei Salomão e antepassada de Jesus Cristo. (Mateus 1:1, 6, 16) Caso tenhamos cometido um pecado, é bom lembrarmos que Jeová observa nosso arrependimento.

O alcance do perdão de Deus também é ilustrado no caso do Rei Manassés, de Judá. Ele fez o que era mau aos olhos de Deus. Erigiu altares a Baal, adorou “todo o exército dos céus” e até mesmo construiu altares a deuses falsos em dois pátios do templo. Ele fez seus filhos passar pelo fogo, promoveu práticas espíritas e levou os habitantes de Judá e Jerusalém a “fazerem pior do que as nações que Deus aniquilara de diante dos filhos de Israel”. Os avisos dados pelos profetas de Deus não foram acatados. Por fim, o rei da Assíria levou Manassés cativo. No cativeiro, ele arrependeu-se e, humildemente, persistiu em orar a Deus, que o perdoou e restaurou-lhe o reinado em Jerusalém, onde ele promoveu a adoração verdadeira. — 2 Crônicas 33:2-17.

Séculos depois, o apóstolo Pedro cometeu um pecado grave ao negar Jesus. (Marcos 14:30, 66-72) No entanto, Deus o perdoou “amplamente”. (Isaías 55:7) Por quê? Porque o arrependimento de Pedro era sincero. (Lucas 22:62) Uma clara evidência do perdão de Deus foi dada no dia do Pentecostes, quando Pedro teve o privilégio de dar um corajoso testemunho sobre Jesus. (Atos 2:14-36) Há alguma razão para acreditar que Deus seria menos perdoador em relação a um cristão sinceramente arrependido hoje? O salmista cantou: “Se vigiasses os erros, ó Jah, ó Deus, quem poderia ficar de pé? Pois contigo há o verdadeiro perdão.” — Salmo 130

Pecaram contra o espírito santo

Que pecados não são perdoados? Para responder a essa pergunta, vejamos alguns exemplos bíblicos. Isso nos servirá de consolo caso estejamos arrependidos, mas ainda muito angustiados por causa de nossos erros graves. Veremos que a questão não é tanto o tipo de pecado que a pessoa comete. O que determina se um pecado é perdoável, ou não, é a motivação — a condição de coração e até que ponto o erro foi intencional.

Os líderes religiosos judaicos do primeiro século que maldosamente se opuseram a Jesus Cristo estavam pecando contra o espírito santo. Eles viam a operação do espírito de Deus em Jesus à medida que este fazia milagres que honravam a Jeová. Ainda assim, aqueles inimigos de Cristo atribuíram esse poder a Satanás, o Diabo. De acordo com Jesus, aqueles que dessa forma blasfemavam contra o espírito santo de Deus estavam na verdade cometendo um pecado que não seria perdoado neste ‘sistema de coisas nem no que viria’. — Mateus 12:22-32.

Blasfêmia é uma linguagem injuriosa, difamatória ou ultrajante. Visto que a Fonte do espírito santo é Deus, dizer coisas contra Seu espírito é o mesmo que falar contra Deus. Usar esse tipo de linguagem sem se arrepender é imperdoável. A situação que provocou as palavras de Jesus sobre esse tipo de pecado mostra que ele se referia àqueles que, de propósito, se opõem à operação do espírito santo de Deus. Por terem visto a operação do espírito de Jeová em Jesus, mas atribuírem esse poder ao Diabo, os fariseus blasfemaram contra o espírito. Assim, Jesus declarou: “Quem blasfemar contra o espírito santo, nunca terá perdão, mas é culpado de pecado eterno.” — Marcos 3:20-29.

Veja também o caso de Judas Iscariotes. Ele se tornou desonesto, roubando da caixa de dinheiro que lhe havia sido confiada. (João 12:5, 6) Depois, Judas procurou os líderes judeus e armou um esquema para trair Jesus por 30 moedas de prata. É verdade que ele sentiu remorso depois da traição, mas nunca se arrependeu de seu pecado proposital. Assim, Judas não merece ser ressuscitado. Portanto, Jesus o chamou de “filho da destruição”. — João 17:12; Mateus 26:14-16.

O arrependimento leva ao perdão

Deus é o supremo Juiz dos transgressores. De fato, todos nós temos de prestar contas a Deus, e ele sempre faz o que é certo. (Gênesis 18:25; Romanos 14:12) Deus é quem decide se cometemos um pecado imperdoável, e ele pode retirar seu espírito de nós. (Salmo 51:11) No entanto, se estivermos muito angustiados por causa de um pecado que cometemos, é bem provável que estejamos sinceramente arrependidos. Mas o que é arrependimento genuíno?

Arrepender-se significa mudar de atitude com relação a um erro já cometido ou que pretendíamos cometer. É lamentar, ou deplorar, o mal praticado e abandonar o proceder pecaminoso. Caso tenhamos pecado gravemente no passado, mas tivermos tomado os passos necessários para mostrarmos arrependimento sincero, podemos nos consolar com as palavras do salmista: “Ele [Deus] nem mesmo fez a nós segundo os nossos pecados; nem trouxe sobre nós o que merecemos segundo os nossos erros. Pois assim como os céus são mais altos do que a terra, sua benevolência é superior para com os que o temem. Tão longe como o nascente é do poente, tão longe pôs de nós as nossas transgressões. Assim como o pai é misericordioso para com os seus filhos, Deus tem sido misericordioso para com os que o temem. Porque ele mesmo conhece bem a nossa formação, lembra-se de que somos pó.” — Salmo 103:10-14.

Consoladoras também são as palavras do apóstolo João: “Por meio disso é que saberemos que nos originamos da verdade e asseguraremos os nossos corações diante dele quanto a tudo em que os nossos corações nos possam condenar, porque Deus é maior do que os nossos corações e ele sabe todas as coisas. Amados, se os nossos corações não nos condenarem, temos franqueza no falar para com Deus; e tudo o que pedimos recebemos dele, porque estamos observando os seus mandamentos e estamos fazendo as coisas que são agradáveis aos seus olhos.” — 1 João 3:19-22.

Nós ‘sabemos que nos originamos da verdade’ porque mostramos amor fraternal e não fazemos do pecado uma prática. (Salmo 119:11) Se por alguma razão nos sentirmos culpados, faremos bem em nos lembrar de que “Deus é maior do que os nossos corações”. Deus nos mostra misericórdia porque sabe de nossa “afeição fraternal sem hipocrisia”, de nossa luta contra o pecado e de nossos esforços para fazer a sua vontade. (1 Pedro 1:22) Nosso coração ‘não nos vai condenar’ se confiarmos em Deus, mostrarmos amor fraternal e não tivermos cometido o pecado de propósito. Teremos “franqueza no falar para com Deus” em oração e ele nos responderá, pois observamos seus mandamentos.

‘Será que eu pequei contra o espírito santo?’

“Há um pecado que incorre em morte.” — 1 JOÃO 5:16.

“SOU atormentada pelo pensamento de que pequei contra o espírito santo.” Assim escreveu uma mulher na Alemanha, embora estivesse servindo a Deus. Pode um cristão realmente pecar contra o espírito santo, ou força ativa, de Deus?

2 Sim, é possível pecar contra o espírito santo de Jeová. “Toda sorte de pecado e blasfêmia será perdoada aos homens”, disse Jesus Cristo, “mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada”. (Mateus 12:31) Somos alertados: “Se praticarmos o pecado deliberadamente, depois de termos recebido o conhecimento exato da verdade, não há mais nenhum sacrifício pelos pecados, mas há uma certa expectativa terrível de julgamento.” (Hebreus 10:26, 27) E o apóstolo João escreveu: “Há um pecado que incorre em morte.” (1 João 5:16) Mas será que cabe à pessoa que cometeu um pecado grave decidir se foi “um pecado que incorre em morte”?

terça-feira, 25 de maio de 2010

‘Uma luta contra forças espirituais iníquas’

MUITOS zombam da idéia de que existem espíritos iníquos. Mas esse não é um assunto para riso. Quer as pessoas creiam, quer não, espíritos iníquos existem, e eles tentam pressionar a todos. Os adoradores de Jeová não são imunes a isso. Na verdade, são o alvo primário. O apóstolo Paulo nos alerta, dizendo: “Temos uma pugna, não contra sangue e carne, mas contra os governos [invisíveis], contra as autoridades, contra os governantes mundiais desta escuridão, contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais.” (Efésios 6:12) Nos nossos dias, a pressão das forças espirituais iníquas alcançou um grau sem precedentes, pois Satanás foi expulso do céu e está furioso, sabendo que lhe resta pouco tempo. — Revelação (Apocalipse) 12:12.

2 É possível vencer uma luta contra forças espirituais sobre-humanas? Sim, mas somente com confiança plena em Jeová. Temos de ouvi-lo e obedecer à sua Palavra. Agindo assim, podemos nos poupar de muitos dos males físicos, morais e emocionais que afligem os que estão sob controle satânico. — Tiago 4:7.

Prossiga andando como filho da luz

“Outrora éreis escuridão, mas agora sois luz em conexão com o Senhor. Prossegui andando como filhos da luz.” — Efé. 5:8.

O HOMEM lutava contra o forte vento. Esforçando-se com cada passo, avançava sem vacilar. Por que todo este empenho? Por que não simplesmente dar meia-volta e deixar-se levar pelo vento? Porque a pouca distância atrás dele abria-se um profundo e escuro abismo. Ele não tinha outra escolha, se quisesse viver. Não é de admirar que lutasse contra o vento no seu avanço.

2 Hoje, igual a um vento feroz, o “espírito do mundo”, sob a direção de Satanás, está tentando arrastar toda a humanidade para um rumo que a levará inevitavelmente ao “abismo” da destruição, na expressão do furor de Deus. (1 Cor. 2:12; Efé. 5:6) Evitar tal furor requer que o cristão como que ‘ande contra o vento’. Ele precisa lutar, se há de andar como ‘filho da luz’, e não assim como as “nações andam” ou se comportam. — Efé. 4:17; 5:8.

sábado, 22 de maio de 2010

“EXECUTADOS COM O MACHADO”

No entanto, nem todos os 144.000 co-herdeiros do Reino de Jesus Cristo foram executados com o machado ou decapitados pelo testemunho que deram de Jesus e por falarem sobre Deus. Não de modo literal! O apóstolo Tiago, irmão natural de João, foi morto pela espada, possivelmente decapitado, pelo Rei Herodes Agripa I. (Atos 12:1, 2) Segundo a tradição, o apóstolo Paulo foi decapitado em Roma, na Itália. (2 Timóteo 4:6-8) Mas nem todos os 144.000 sofrem a morte de mártir por decapitação. Certamente não é Deus quem os executa com o machado, quer literalmente, quer de modo figurativo, visto que é por falarem sobre Ele que todos são executados com o machado. É o estado político quem os executa. No caso do Império Romano, do qual o apóstolo João era prisioneiro na ilha penal de Patmos, este poder de execução foi simbolizado por um machado envolvido por um feixe de varas, com os quais os criminosos eram flagelados e decapitados. Este símbolo era chamado de fasces e era levado em procissão pelos lictores diante do magistrado romano mais elevado. Benito Mussolini, o Duce do Partido Fascista, popularizou este símbolo durante seu regime na Itália.

Na realidade, o estado político desse mundo executa os 144.000 herdeiros do Reino por julgá-los indignos de viver sob a sua autoridade. Sentencia-os como que à morte. O motivo disso é esclarecido pelo apóstolo João. De que modo? Em que eles, como diz João, “não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela” e “não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão”. Em outras palavras, estes 144.000 herdeiros do Reino não haviam adorado o estado político em qualquer das suas diversas expressões em toda a terra. Nem haviam os do restante destes herdeiros do Reino, neste século vinte, adorado aquela organização internacional em prol de paz e segurança mundiais, agora conhecida como Nações Unidas, mas anteriormente conhecida como Liga das Nações. A “fera” simbólica, o estado político mundial, é aquela que é lançada na destruição simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har–Magedon. — Revelação 13:1-17; 14:9-11; 19:19, 20; 20:4.

Os 144.000 herdeiros do Reino não adoram a “fera” simbólica, nem se metem na sua política, nem se candidatam a cargos políticos, nem participam nas suas guerras sangrentas. Não recebem assim a marca nem na testa, nem na mão, o que simbolizaria serem escravos do estado e darem a mão na execução de suas atividades mundanas, amiúde animalescas. Os 144.000 tampouco adoram a “imagem da fera”, nem atribuem a salvação à organização internacional feita pelo homem em prol de paz e segurança mundiais. Adoram apenas o Deus sobre quem falam e dão a sua lealdade a Ele, como o Soberano Universal. Não enaltecem o estado político, terrestre, mas dão testemunho de Jesus, o Filho de Deus, como sendo o Cristo, o Messias, a quem o Deus Altíssimo designou para governar o mundo da humanidade por mil anos. Não é de admirar que a “fera” execute os 144.000 como que com um machado!

Quer terminem sua carreira terrestre em morte violenta de mártir, quer não, todos os 144.000 herdeiros do Reino por fim morrem de modo físico. Então, como podem entrar no reino dos céus e assentar-se ali naqueles tronos judiciais? Não é por qualquer imortalidade da alma humana, mas sim pela ressurreição dentre os mortos. João diz a respeito “dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus”: “E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos.” — Revelação 20:4.

“Passaram a viver” novamente, não na terra como criaturas humanas ou almas humanas, mas lá no céu, como filhos espirituais de Deus. É como tais que são vistos na visão pelo apóstolo João. Eles têm uma duração de vida mais longa do que a da humanidade atual. Podem viver mais do que Metusalém, que viveu 969 anos. (Gênesis 5:25-27) Podem viver durante os mil anos de seu reinado com Cristo e depois continuarem pela eternidade infindável, pois são revestidos da imortalidade ao serem ressuscitados dentre os mortos. (1 Coríntios 15:50-57) No momento de sua ressurreição estão na plenitude da vida, sem fraqueza, sem corrução, sem quaisquer das imperfeições anteriores de seus corpos físicos, moribundos, que herdaram dos pecadores Adão e Eva. Estão perfeitamente vivos, justificados pelo Deus Todo-poderoso para a vida eterna no espírito. — 1 Coríntios 15:42-55.

A fim de salientar esta diferença entre seu estado instantâneo na ressurreição e o estado dos demais do mundo da humanidade no começo dos mil anos, o apóstolo João passa a dizer: “Receberam a vida, e reinaram com Cristo mil anos. Os restantes mortos não tornaram a viver até terminados os mil anos.” (Revelação 20:4, 5, Mateus Hoepers) Isto prova que nem mesmo os da grande multidão” de adoradores no templo espiritual de Deus, que sobreviverem à “grande tribulação”, serão instantaneamente tornados perfeitos na carne e declarados dignos da vida eterna na terra, logo após a amarração e o lançamento no abismo de Satanás, o Diabo, e seus demônios. Pelas ajudas e bênçãos soerguedoras do reinado milenar de Jesus Cristo, progredirão gradualmente até a perfeição humana e a capacidade de viver sem pecados na carne e de guardar as leis de Deus de modo imaculado. Mas que dizer dos bilhões de humanos adormecidos em túmulos memoriais terrestres e em sepulturas aquosas?

A respeito destes, a previsão de João a respeito dos mil anos nos mostra o que lhes acontecerá, dizendo: “E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações.” (Revelação 20:13) Entre os que assim saem do Hades ou da sepultura comum da humanidade morta estará aquele malfeitor pendurado numa estaca de execução ao lado de Jesus, a quem Jesus disse: “Na verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43, Trinitária, 1883; Tradução do Novo Mundo) Este malfeitor sairá do Hades para o Paraíso terrestre restabelecido para a humanidade pelo reino de Jesus Cristo. Neste Paraíso, o malfeitor terá a oportunidade, junto com todos os mortos humanos ressuscitados, de corrigir seu proceder na vida e ser curado da imperfeição e pecaminosidade humanas. Deste modo, ao fim dos mil anos do reinado de Cristo, poderá alcançar o objetivo da perfeição humana à imagem e semelhança de Deus. Todos os que atingirem a perfeição humana e a condição sem pecado na terra, ao fim dos mil anos, porém, terão de passar por uma prova final de sua lealdade à regência soberana, universal, de Deus, para manter a sua vida perfeita.

Aqueles homens aperfeiçoados, na terra, que mantiverem sua integridade e se mostrarem fiéis à regência legítima de Deus, serão declarados justos pelo Juiz Supremo, Deus. Ele declarará que estes inocentes são dignos da vida eterna e lhes atribuirá o direito à vida infindável em felicidade no Paraíso terrestre. Estes obedientes, livres de toda a condenação, viverão então realmente, do ponto de vista perfeito de Deus. Desta maneira, então, é que “os demais mortos não passaram a viver até terem terminado os mil anos”. (Revelação 20:5) Os humanos aperfeiçoados que não passarem em fidelidade por aquela prova de lealdade piedosa, depois de terminarem os mil anos, serão destruídos eternamente, assim como João apresenta o assunto na sua previsão, dizendo: “E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a segunda morte, o lago de fogo. Outrossim, todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida foi lançado no lado de fogo.” (Revelação 20:14, 15) Portanto, estes desleais não alcançam a vida eterna.

GOVERNANTES DA TERRA POR MIL ANOS

Satanás, o Diabo, não mais será o governante do mundo da humanidade ou o “deus” do sistema de coisas. (João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:4) Então, quem governará a terra habitada durante os mil anos em que Satanás, o Diabo, está no abismo e “não é”?

Na visão, o apóstolo João viu por quem será administrada a regência da terra. Ele diz: “E eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar. Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão. E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos. (Os demais mortos não passaram a viver até terem terminado os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade, mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos.” — Revelação 20:4-6.

Os tronos que João viu estavam no céu, não na terra, porque são os tronos daqueles que hão de reinar com Cristo por mil anos. O número dos tronos, portanto, não era indefinido. O número era de 144.000, para corresponder aos 144.000 israelitas espirituais, que foram selados com o “selo do Deus vivente” e seguem o Cordeiro, Jesus Cristo, “para onde quer que ele vá”. (Revelação 7:1-8; 14:1-5) Durante os últimos milhares de anos em que Satanás, o Diabo, foi o “governante deste mundo”, tem havido uma tal ausência de justiça ou tal perversão da justiça, que será muito excelente quando o poder de julgar a humanidade for confiado a estes 144.000 juízes associados do Senhor Jesus Cristo. Portanto, quando o apóstolo João viu estes 144.000 tronos e os que se assentavam neles, viu o começo do glorioso dia de juízo de que se falou ao Tribunal do Areópago em Atenas, há dezenove séculos atrás, nas seguintes palavras:

“Deus . . . fixou o dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo ministério de um homem que para isto destinou. Para todos deu como garantia disso o fato de o ter ressuscitado dentre os mortos.” — Atos 17:22-31, versão do Centro Bíblico Católico de São Paulo, de 1964.

O apóstolo João identifica adicionalmente os ocupantes dos tronos judiciais como sendo os 144.000 co-herdeiros do Reino do Senhor Jesus Cristo por dizer: “Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão.” — Revelação 20:4.

O apóstolo João não viu “almas” sem cabeça. Por usar a palavra descritiva “almas”, ele não estava falando como os médiuns espíritas, a respeito de “espíritos desencarnados”. Ele usava a palavra “almas” do modo como as Escrituras Sagradas inspiradas usam a palavra e referia-se a seres vivos, cônscios, em corpos, corpos por meio dos quais expressam sua personalidade. Só que seus corpos teriam de ser corpos espirituais, para ocuparem tronos judiciais nos céus invisíveis. Numa consideração da ressurreição dos mortos, somos informados em 1 Coríntios 15:44: “Semeia-se [na morte] corpo físico, é levantado corpo espiritual.” Portanto, o apóstolo João viu corpos celestiais vivos, conscientes, pessoas com capacidades mentais para fazerem julgamentos, e João as identificou como sendo os “executados com o machado”, pelo testemunho que deram de Jesus e da Palavra de Deus.

O deleite da previsão dos mil anos

NOSSO globo terrestre não ficará reduzido a cinzas e fumaça por ser queimado na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har–Magedon. Isto é demonstrado pelo que acontece a Satanás, o Diabo, logo após esta guerra. Como? Porque ele e seus anjos demoníacos são encontrados ainda vivos na terra, para a qual foram lançados em derrota depois duma guerra que irrompeu no céu após o nascimento do reino messiânico de Deus nos céus. Satanás e seus demônios mergulharam para a vizinhança da terra, sendo retidos ali por um “curto período de tempo” (Revelação [Apocalipse] 12:7-13) Visto que ficam restritos à terra durante a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, o anjo de Deus precisa descer à terra para uma ação adicional contra eles. Lemos sobre isso no relato que João faz de sua visão:

2 “E eu vi descer do céu um anjo com a chave do abismo e uma grande cadeia na mão. E ele se apoderou do dragão, a serpente original, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. E lançou-o no abismo, e fechou e selou este sobre ele, para que não mais desencaminhasse as nações até que tivessem terminado os mil anos. Depois destas coisas terá de ser solto por um pouco.” — Revelação 20:1-3.

3 Por ocasião da expulsão de Satanás, o Diabo, do céu, seus anjos demoníacos foram expulsos junto com ele e restritos à vizinhança da terra. Portanto, o que se faz ao seu governante aplica-se também a eles. São apanhados, acorrentados e lançados no abismo junto com Satanás, o Diabo, por mil anos. Isto não só os impedirá de desencaminharem mais ainda as nações mundanas, mas acabará também com travarem guerra contra os remanescentes dos herdeiros cristãos do reino messiânico de Deus ainda na terra. Sobre isso nos diz Revelação 12:13, 17: “Ora, quando o dragão se viu lançado à terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão [simbolizando o reino messiânico de Deus nos céus]. E o dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.”

Esta guerra diabólica falha quanto a matar todos os do restante dos herdeiros do Reino, que guardam os mandamentos de Deus e dão testemunho de seu Filho, Jesus Cristo. Também fracassa quanto a matar os da “grande multidão” que aceitam este testemunho a respeito do Messias Jesus e que procedem de todas as nações da terra, juntando-se ao restante do Reino na adoração de Jeová Deus no Seu templo espiritual. Atestando a sobrevivência deles, Revelação 7:9-15 diz a respeito desta “grande multidão” de todas as raças, nações e tribos: “Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus; e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo; e o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.”

Assim, o enclausuramento de Satanás e de seus anjos demoníacos no abismo não deixa a terra destituída de todos os habitantes humanos. O lançamento no abismo alivia a terra, não da presença dos do restante do Reino e da “grande multidão”, mas, antes, da presença de Satanás, o Diabo, e de seus anjos demoníacos. Durante o seu encarceramento no abismo por mil anos, serão como se ‘não fossem’. — Veja Revelação 17:8.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Ascensão da Magia

Uma vez estabelecida a crença de que o mundo inanimado estava cheio de espíritos, bons e maus, isso facilmente levou ao passo seguinte — tentativas de comunicar-se com os bons em busca de orientação e bênçãos, e de apaziguar os maus. O resultado foi a prática da magia, que tem florescido a bem dizer em toda nação, passada e presente. — Gênesis 41:8; Êxodo 7:11, 12; Deuteronômio 18:9-11, 14; Isaías 47:12-15; Atos 8:5, 9-13; 13:6-11; 19:18, 19.

No sentido mais básico, magia é uma tentativa de controlar ou coagir as forças naturais ou sobrenaturais para cumprir os mandos do homem. Desconhecendo a causa real de muitos acontecimentos cotidianos, as pessoas nas primitivas sociedades criam que a repetição de certas palavras mágicas ou encantamentos, ou a realização de algum ritual, poderiam produzir certos efeitos desejados. O que dava credibilidade a esse tipo de magia era que alguns dos rituais realmente davam certo. Por exemplo, os curandeiros — basicamente mágicos ou feiticeiros — das ilhas Mentavai, a oeste de Sumatra, eram tidos como surpreendentemente eficazes em curar pessoas que sofriam de diarréia. A sua fórmula mágica era fazer com que os doentes se deitassem com o rosto em terra perto da beirada de um penhasco, lambendo o solo de vez em quando. Por que dava certo? O solo nos penhascos continha caulim, a argila branca comumente usada em alguns dos modernos remédios contra a diarréia.

Uns poucos êxitos desse tipo rapidamente anulavam todos os fracassos e estabeleciam a reputação dos curandeiros. Estes logo se transformavam em personagens que gozavam de admiração e alta estima — sacerdotes, chefes, xamãs, pajés, feiticeiros, médiuns. As pessoas levavam a eles os seus problemas, buscando a cura e a prevenção de doenças, encontrar itens perdidos, identificar ladrões, afastar más influências e executar vingança. Por fim, veio a existir um grande conjunto de práticas e rituais supersticiosos que tinham a ver com estes assuntos bem como com outras ocorrências na vida, como nascimento, atingir a maioridade, noivado, casamento, morte e sepultamento. O poder e o mistério da magia logo dominavam todo aspecto da vida das pessoas.

Espíritos Sagrados e Poderes Sobrenaturais

A vida das pessoas nos tempos primitivos parecia envolta em mistérios. Viviam cercadas de eventos inexplicáveis e desconcertantes. Por exemplo, não podiam entender por que uma pessoa perfeitamente robusta devesse subitamente adoecer, ou por que o céu deixaria de dar chuva na época costumeira, ou por que uma árvore desfolhada, aparentemente sem vida, devesse ficar verde e cheia de vida numa determinada época do ano. Até mesmo a sombra, os batimentos do coração e a respiração da pessoa eram mistérios.

Considerando a inclinação espiritual inata do homem, seria natural que ele atribuísse tais coisas e acontecimentos misteriosos a algum poder sobrenatural. Contudo, faltando-lhe a correta orientação e entendimento, seu mundo logo passou a ficar repleto de almas, espíritos, fantasmas e demônios. Por exemplo, os índios algonquianos, da América do Norte, chamam a alma da pessoa de otahchuk, que significa “sua sombra”, e os malaios do sudeste da Ásia crêem que, quando um homem morre, a sua alma escapa através das narinas. Hoje, a crença em espíritos e almas que partiram — e tentativas de se comunicar com eles de alguma maneira — são praticamente universais.

Da mesma maneira, outras coisas no ambiente natural — sol, lua, estrelas, oceanos, rios, montanhas — pareciam estar vivas e exercer uma influência direta sobre as atividades humanas. Visto que tais coisas pareciam ocupar um mundo à parte, foram personificadas como espíritos e deidades, alguns benevolentes e prestimosos, outros iníquos e danosos. A adoração de coisas criadas veio a ocupar um lugar de destaque em quase todas as religiões.

Encontramos crenças desse tipo nas religiões de praticamente toda civilização antiga. Os babilônios e os egípcios adoravam seus deuses do sol, da lua e das constelações. Animais domésticos e selvagens também figuravam entre seus objetos de veneração. Os hindus se notabilizam por seu panteão de deuses, que chegam a milhões. Os chineses sempre tiveram suas montanhas sagradas e seus deuses-rio, e eles expressam a sua devoção filial na adoração de antepassados. Os antigos druidas das Ilhas Britânicas consideravam sagrados os carvalhos, e reverenciavam em especial o visco que crescia no carvalho. Mais tarde, os gregos e os romanos deram a sua contribuição; e a crença em espíritos, deidades, almas, demônios e objetos sagrados de todo tipo ficou solidamente entrincheirada.

Embora alguns hoje possam encarar essas crenças como superstições, tais conceitos ainda estão presentes nas práticas religiosas de muitas pessoas em todo o mundo. Algumas ainda crêem que certas montanhas, rios, rochas de configuração estranha, árvores velhas e numerosas outras coisas sejam sagradas, e elas as adoram como objetos de devoção. Constroem altares, santuários e templos nesses lugares. Por exemplo, o rio Ganges é sagrado para os hindus, cujo mais acalentado desejo é banhar-se nele quando em vida e terem suas cinzas espalhadas sobre ele quando morrem. Os budistas consideram uma extraordinária experiência adorar no santuário em Buda Gaia, Índia, onde se diz que o Buda foi iluminado debaixo de uma figueira-dos-pagodes. Católicos vão de joelhos à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, ou banham-se nas águas “sagradas” do santuário de Lourdes, na França, em busca de curas milagrosas. Venerar coisas criadas, em vez de o Criador, ainda é muito comum hoje. — Romanos 1:25.

Em Busca do Desconhecido

Contrário ao que talvez afirmem os evolucionistas, o ser humano tem uma dimensão espiritual que o torna diferente e superior em relação às criaturas inferiores. Ele nasce com a ânsia de desvendar o desconhecido. Está sempre às voltas com perguntas tais como: Qual é o sentido da vida? O que acontece após a morte? Qual é a relação do homem com o mundo material e, na realidade, com o universo? Ele é impelido também pelo desejo de alcançar algo mais elevado ou mais poderoso do que ele próprio, para que de algum modo possa controlar o seu meio ambiente e a sua vida. — Salmo 8:3, 4; Eclesiastes 3:11; Atos 17:26-28.

Ivar Lissner, em seu livro Man, God and Magic (O Homem, Deus e a Magia) colocou isso da seguinte maneira: “Não deixa de causar admiração a perseverança com que o homem se tem esforçado, no decorrer de sua história, de ir além dos limites de si mesmo. Suas energias jamais foram orientadas unicamente na direção das necessidades da vida. Sempre procurando, tateando adiante em seu caminho, aspirando o inatingível. Este anseio estranho e inerente no ser humano é sua espiritualidade.”

Naturalmente, os que não crêem em Deus não encaram o assunto dessa maneira. Em geral atribuem essa tendência humana às necessidades do homem, psicológicas ou outras, como vimos no Capítulo 2. Contudo, não sabemos todos nós que, diante do perigo ou de uma situação desesperadora, a primeira reação da maioria das pessoas é recorrer a Deus ou a algum poder superior em busca de ajuda? Tem sido assim tanto hoje como em tempos idos. Portanto, Lissner prosseguiu: “Ninguém que pesquisou entre os mais antigos povos primitivos pode deixar de ver que todos eles concebiam a existência de Deus, que tinham uma vívida percepção da existência de um ser supremo.”

De que modo tentavam satisfazer esse desejo inato de chegar ao desconhecido era um caso bem diferente. Caçadores e criadores de gado nômades estremeciam diante da força dos animais selvagens. Agricultores atentavam especialmente às mudanças do tempo e das estações. Os habitantes das selvas reagiam de maneira muito diferente daqueles que viviam nos desertos ou nas montanhas. Em face desses variados temores e necessidades, as pessoas criaram uma estonteante variedade de práticas religiosas através das quais esperavam apelar aos deuses benevolentes e apaziguar os temíveis.

Apesar da grande diversidade, porém, é possível reconhecer certos aspectos comuns nessas práticas religiosas. Entre estes, a reverência e o temor para com espíritos sagrados e poderes sobrenaturais, o uso da magia, a adivinhação do futuro através de sinais e agouros, a astrologia e variados métodos de ler a sorte. Examinando tais aspectos, veremos que eles têm desempenhado um papel importante em moldar o pensamento religioso das pessoas em todo o mundo e em todas as eras, incluindo até mesmo pessoas hoje em dia.

Em busca do desconhecido através da magia e do espiritismo

“HOMENS de Atenas, eu observei que em todas as coisas pareceis mais dados ao temor das deidades do que os outros.” (Atos 17:22) Foi isso que o apóstolo cristão Paulo disse a uma multidão reunida no Areópago, ou Colina de Marte, na antiga cidade de Atenas, Grécia. Paulo disse isso porque havia percebido que “a cidade estava cheia de ídolos”. (Atos 17:16) O que havia visto ele?

Sem dúvida, Paulo havia visto uma diversidade de deuses gregos e romanos naquela cidade cosmopolita, e era óbvio que a vida do povo girava em torno da adoração das deidades. Temendo que involuntariamente deixassem de venerar alguma deidade importante ou poderosa, que por isso poderia enfurecer-se, os atenienses incluíam na sua adoração até mesmo “um Deus Desconhecido”. (Atos 17:23) Isso era um claro indicativo do temor que eles tinham às deidades.

Naturalmente, o temor às deidades, em especial às desconhecidas, não se limitava aos atenienses do primeiro século. Por milhares de anos, tal temor tem dominado praticamente toda a humanidade. Em muitas partes do mundo, quase todo aspecto da vida das pessoas é direta ou indiretamente envolvido com alguma deidade ou com espíritos. Como vimos no capítulo anterior, a mitologia dos antigos egípcios, gregos, romanos, chineses e outros, arraigava-se profundamente em conceitos a respeito de deuses e espíritos, que desempenhavam um papel importante nos assuntos pessoais e nacionais. Na Idade Média, histórias sobre alquimistas, feiticeiros e bruxas grassavam no domínio da cristandade. E a situação é um tanto similar hoje.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

QUANTOS VÃO PARA O CÉU?

Visto que hão de governar a terra, é evidente que os que vão para o céu serão seguidores provados e testados de Cristo. Isto significa que não se levarão para o céu bebês ou criancinhas, que ainda não foram plenamente provados durante anos de serviço cristão. (Mateus 16:24) Todavia, tais crianças que morrem têm a esperança de ser ressuscitadas para a vida na terra. (João 5:28, 29) De modo que o número total dos que vão para o céu será pequeno em comparação com os muitos que receberão a vida na terra, sob o governo do Reino. Jesus disse aos seus discípulos: “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai dar-vos o reino.” — Lucas 12:32.

Quão pequeno será o número da classe dos governantes do Reino? Incluirá apenas os apóstolos e outros dos primitivos seguidores de Jesus? Não, a Bíblia mostra que o “pequeno rebanho” incluirá mais pessoas. A Bíblia diz em Revelação 14:1, 3: “E eu vi, e eis o Cordeiro [Jesus Cristo] em pé no Monte Sião [celestial], e com ele cento e quarenta e quatro mil . . . que foram comprados [ou tomados] da terra.” Note que se vêem apenas 144.000 pessoas com o Cordeiro, Jesus Cristo, no Monte Sião celestial. (Hebreus 12:22) Assim, em vez de todos os bons irem para o céu, a Bíblia revela que apenas 144.000 pessoas provadas e fiéis serão levadas para lá para governarem com Cristo.

POR QUE ALGUNS FIÉIS IRÃO PARA O CÉU

Por que foi Jesus para o céu? Que tarefa tem para fazer ali? A resposta a essas perguntas é importante. Isto se dá porque aqueles que vão para o céu participarão com Jesus na tarefa dele. Vão para o céu justamente com esta finalidade.

Já aprendemos nos capítulos anteriores que Jesus governará a nova terra paradísica como rei do governo celestial de Deus. Muito antes de Jesus vir à terra, o livro bíblico de Daniel predisse que o ‘filho do homem’ receberia “domínio”. O “Filho do homem” é Jesus Cristo. (Marcos 14:41, 62) E Daniel prossegue: “Seu domínio é um domínio de duração indefinida, que não passará, e seu reino é um que não será arruinado.” — Daniel 7:13, 14.

Todavia, é importante notar aqui no livro de Daniel que o “filho de homem” não haveria de governar sozinho. A Bíblia diz: “E o reino, e o domínio . . . foram entregues ao povo que são os santos do Supremo. Seu reino é um reino de duração indefinida.” (Daniel 7:27) Essas expressões, “o povo” e “seu reino”, informam-nos de que haverá outros governantes com Cristo no governo de Deus.

Na última noite que Jesus passou com os seus 11 apóstolos fiéis, ele mostrou-lhes que seriam governantes com ele no reino de Deus. Disse-lhes: “Vós sois os que ficastes comigo nas minhas provações; e eu faço convosco um pacto, assim como meu Pai fez comigo um pacto, para um reino.” (Lucas 22:28, 29) Mais tarde, o apóstolo Paulo e Timóteo foram incluídos neste pacto, ou acordo, para um reino. Por este motivo, Paulo escreveu a Timóteo: “Se perseverarmos, havemos também de reinar juntos.” (2 Timóteo 2:12) Também o apóstolo João escreveu sobre os que “reinarão sobre a terra” junto com Jesus Cristo. — Revelação (Apocalipse) 5:9, 10; 20:6.

De modo que aqueles que vão para o céu servirão ali como co-regentes de Cristo no governo celestial de Deus. Embora Jesus seja o principal “descendente” da promessa, Deus escolhe outros dentre a humanidade para governarem com Jesus no reino. Assim, eles se tornam parte do “descendente”, conforme diz a Bíblia: “Se pertenceis a Cristo, sois realmente descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa.” — Gálatas 3:16, 29; Tiago 2:5.

VÃO TODOS OS BONS PARA O CÉU?

Pouco depois de Jesus ter sido ressuscitado dentre os mortos, o apóstolo Pedro disse a uma multidão de judeus: “[O] chefe de família Davi. . . tanto faleceu como foi enterrado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. Realmente, Davi não ascendeu aos céus.” (Atos 2:29, 34) De modo que Davi, que era um homem bom, não foi para o céu. Que dizer do homem justo Jó?

Sofrendo, Jó orou a Deus: “Quem dera que me escondesses no Seol [a sepultura], que me mantivesses secreto até que a tua ira recuasse, que me fixasses um limite de tempo e te lembrasses de mim!” Jó esperava que, ao morrer, ficaria inconsciente na sepultura. Sabia que não iria para o céu. Mas, conforme explicou, tinha esperança: “Morrendo o varão vigoroso, pode ele viver novamente? Esperarei todos os dias do meu serviço compulsório [o tempo designado para estar na sepultura], até vir a minha substituição. Tu chamarás e eu mesmo te responderei.” — Jó 14:13-15.

João, que batizou Jesus, também era homem bom. Contudo, Jesus disse: “Aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele.” (Mateus 11:11) É assim porque João, o Batizador, não irá para o céu. Quando Jesus esteve na terra, o que foi mais de 4.000 anos após a rebelião de Adão e Eva, ele disse: “Nenhum homem ascendeu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem.” — João 3:13.

Portanto, segundo as próprias palavras de Jesus, ninguém subira ao céu durante todos aqueles 4.000 anos da história humana, até os dias dele. Davi, Jó e João, o Batizador, receberão a ressurreição para a vida aqui na terra. De fato, todos os homens e mulheres fiéis que morreram antes de Jesus falecer tinham a esperança de viver novamente na terra, não no céu. Serão ressuscitados para se tornarem parte dos súditos terrestres do reino de Deus. — Salmo 72:7, 8; Atos 17:31.

Quem vai para o céu, e por quê?

MUITOS DIZEM: ‘Todos os bons vão para o céu.’ Mas, quando se lhes pergunta por que vão para o céu, talvez digam: ‘É para estar com Deus’, ou, ‘é a recompensa por terem sido bons’. Que ensina a Bíblia sobre isso?

2 A Bíblia torna claro que Jesus foi ressuscitado dentre os mortos e foi para o céu. Ela diz também que outros humanos seriam levados para lá. Na noite antes de Jesus morrer, ele disse aos seus apóstolos fiéis: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não, eu vos teria dito, porque vou embora para vos preparar um lugar. Também, se eu for embora e vos preparar um lugar, virei novamente e vos acolherei a mim, para que, onde eu estiver, vós também estejais.” — João 14:1-3.

3 É evidente que Jesus estava dizendo aos seus apóstolos que eles seriam levados ao céu para estarem com ele. O apóstolo Paulo muitas vezes falou aos primitivos cristãos sobre esta maravilhosa esperança. Por exemplo, ele escreveu: “Quanto a nós, a nossa cidadania existe nos céus, donde também aguardamos ansiosamente um salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Filipenses 3:20, 21; Romanos 6:5; 2 Coríntios 5:1, 2) Baseado em tais promessas, milhões de pessoas fixaram o coração na vida celestial. Mas, será que todos os bons vão para o céu?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela fé. Será que é?

A fé cristã, segundo sua definição, em Hebreus 11:1, baseia-se nas realidades ou nos fatos. Visto que o Natal se alicerça, em grande parte, em tradição, em mitos e em falsidades, poderíamos esperar que promovesse forte fé?

Uma carta paroquial, publicada na Alemanha, dizia, ao falar sobre Cristo e os cristãos primitivos: “Seu ensino era muito mais importante para o povo do que a data do seu nascimento.” Adicionava: “Os primeiros cristãos não conheciam algo como uma celebração de aniversário.”

De que proveito é crer que Cristo nasceu, se deixarmos de acreditar no que ele ensinou ou de exercer fé no valor de seu sacrifício? Não é preciso muita fé para se crer que Cristo nasceu; muito mais é necessária para se crer no valor de seu sacrifício resgatador e em sua posição de realeza no reino estabelecido de Deus. Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, por que faria pouco mais do que aumentar a assistência nas igrejas na época do Natal, e, todavia, não teria êxito em motivar os membros das igrejas a produzir reais obras de fé, em imitação de Cristo, durante o ano todo?

Em resumo, se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pelos frutos do espírito de Deus. Será que é? Gálatas 5:22, 23 nos diz que “os frutos do espírito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”. Será isto o que observamos ser o espírito do Natal? Ou, conforme já comentamos, são as obras da carne decaída, conforme descritas no mesmo capítulo da Bíblia, nos versículos 19-21, que mais aptamente se enquadram no que predomina realmente na época do Natal? “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo, inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas, bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas. . . . Os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus.”

Visto do ponto de vista geral da sua celebração global e ampla, ao invés do ponto de vista de pessoas possivelmente sinceras que talvez se portem mui decentemente quando celebram o Natal, o que verificamos? É evidente que as “obras da carne” são por demais manifestas, e os “frutos do espírito” com freqüência inexistem.

Talvez possa agora avaliar melhor por que há pessoas, interessadas em produzir os frutos do espírito de Deus e em evitar as obras da carne, que tentam não ficar envolvidas no “espírito do Natal”. Esperamos que estes fatos, quando considerados junto com oração, possam ajudá-lo a decidir, dum modo que agrade a Cristo, o Fundador do cristianismo, como passará o Natal.

Paz, Longanimidade e Brandura

Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela paz, longanimidade e brandura. Será que é?

Naturalmente, fala-se muito na época do Natal sobre “paz na terra, e boa vontade para com os homens”, mas a realidade é que as contendas e as discussões familiares se tornam comuns nessa fase do ano. O jornal Sunday Oregonian, dos EUA, veicula que, antes do Natal, “alguns pais e parentes estão instigando brigas que tornarão a Noite de Natal um dos piores turnos do ano para os policiais”. Explica um vice-delegado: “Os parentes se reúnem e bebem, e começam a discutir problemas passados que tiveram, e então começam a desenterrar hostilidades que já tinham sido sepultadas e deveriam permanecer sepultadas.” E, entre as famílias de baixa renda, “o estresse de prover um bom Natal para os filhos aumenta as tensões, e começam a ferver os maus gênios”, afirma o Oregonian. “Às vezes, o Natal num lar pode ser destruído numa briga conjugal, os pacotes sendo usados como projéteis e a árvore do Natal ficando reduzida a destroços.”

Com respeito à paz numa escala global, conta-se, amiúde com olhos embaciados, uma história sobre a Noite do Natal de 1914, quando uma sentinela inglesa ouviu o som de vozes que entoavam “Stille Nacht, Heilige Nacht” das trincheiras alemãs, a cerca de 90 metros de distância. As tropas inglesas cantaram, em resposta: “Vinde, Todos Vós, Fiéis.” Daí, ambos os lados abandonaram suas trincheiras para entoar juntos várias canções natalinas por algumas horas. Mas, rapidamente voltaram depois à matança, sendo todos supostos “cristãos”! Será que este evento revela qualquer “espírito do Natal” verdadeiramente pacífico? Ou, antes, não sublinha um espírito de hipocrisia, neste caso, levado a arrepiante extremo?

Alegria

Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela alegria. Será que é?

Um artigo de I. R. Rosengard, M. D. [doutor em medicina], no número de dezembro de 1977 de Science Digest (Sinopse Científica), disse: “Não é o único a sentir uma ‘depressão do feriado’. Trata-se duma neurose de proporções epidêmicas . . . e aqui estão as regras dum médico para evitar a Fossa do Natal.” Ele continuava, dizendo: “Nem todos se sentem alegres nos feriados — e alguns se sentem bem pior do que de costume . . . Na época do Natal, as pessoas infelizes se sentem até mesmo pior porque ficam envergonhadas de se sentirem infelizes quando todo o mundo parece sentir-se feliz . . . Muitos de nós . . . sentimo-nos desapontados dentro de nós mesmos, porque nossas emoções no Natal são algo muito inferior à alegria.”

Isto explica por que certo doutor em medicina e doutor em filosofia, citado num periódico religioso alemão, disse “que o número de suicídios se acumula na Noite do Natal”. Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, por que fracassaria tão amiúde em tornar as pessoas realmente alegres na época do Natal?

Bondade Moral e Autodomínio

Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela bondade moral e pelo autodomínio. Será que é?

Pense só no comer demais, no beber demais e nos abusos relacionados com o Natal. Quão amiúde as festas natalinas degeneram em bebedeiras e festanças que incentivam a conduta dissoluta e a imoralidade!

Tais influências são apropriadamente descritas pelo Sunday Globe, de Boston, EUA, em relação a um grupo de pessoas particularmente suscetíveis: “Para um alcoólico regenerado, ou uma pessoa que se empenha ativamente em lutar contra tal doença, esses feriados constituem um teste de força de vontade que poucas pessoas conseguiriam enfrentar sem apoio. É uma época do ano em que se espera que as pessoas bebam, quando até mesmo os bebedores sociais notam que ficam tontos (ou algo pior) mais freqüentemente do que de costume, devido a uma difundida ética social — coma, beba, fique feliz — que é tanto um imperativo como um convite.”

Se fosse verdadeiramente cristão, por que o “espírito do Natal” deixaria de impedir esta falta de autodomínio, que não é boa nem para a saúde nem para o bolso da pessoa, e pode realmente ser perigosa?

Amor e Benignidade

Se o “espírito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pelo amor e pela benignidade. Será que é?

Poder-se-ia argumentar que dar presentes, na época do Natal, constitui em si mesmo um indício de amor e benignidade. Isto é verdadeiro, contudo, apenas se envolver os motivos corretos. E envolve? Será que os absortos no “espírito do Natal” interessam-se principalmente em dar, ou é muito destacado o motivo egoísta de receber?

Se a dádiva altruísta fosse a principal consideração deles, por que os comerciantes “cristãos” não são influenciados a promover o aumento das dádivas por reduzirem seus preços na época do Natal, ao invés de elevá-los? Por que os preços, pelo menos em alguns lugares, tendem a elevar-se ao máximo nesta época do ano?

Um correspondente de Despertai! da África Ocidental relata que as pessoas que vivem ali gostam muito de receber presentes. Embora cerca de 60 por cento sejam constituídos de “não-cristãos”, na época do Natal, todos ficam enredados no “espírito do Natal”. Mendigos muçulmanos, com as mãos estendidas, saúdam os transeuntes com “Feliz Natal”. Os funcionários dos serviços públicos e das repartições públicas esperam presentes de seus clientes e usuários, e até lhes lembram isso, para que não se esqueçam. Alguns funcionários dos Correios até mesmo chegam a recusar-se a cuidar da correspondência de pessoas que não tomam parte neste costume de lhes dar presentes obrigados de Natal. Trata-se de algo mais do que oportunismo; isso é extorsão.

Uma semana antes do Natal de 1977, o Star de Toronto soou um aviso sobre os “ladrões de bolsas, ladrões de lojas, batedores de carteiras, falsários e assaltantes. E . . . falsos artistas, associados a falsas organizações de caridade”. O artigo também mencionava que “o roubo de loja aumenta de ritmo no Natal”. Com efeito, nos Estados Unidos, certa autoridade sobre questões de segurança, conhecida por toda aquela nação, declara que “quase 40 por cento das perdas anuais do estoque ocorrem nas 10 semanas da época pré-natalina”.

Se o “espírito do Natal” é verdadeiramente cristão, por que fracassa em deter, ou pelo menos em reduzir, os atos egoístas, desamorosos e rudes na época do Natal?

Quão cristão é o espírito de Natal?

UM LIVRO intitulado “Tudo Sobre os Feriados Estadunidenses” afirma que, embora a comercialização do Natal seja indesejável, esta característica negativa é “contrabalançada” pelo “ótimo espírito de amabilidade . . . também pelo espírito de generosidade” demonstrado na época do Natal. Isto é comumente chamado de o “espírito do Natal”. Mas, será que o chamado “espírito do Natal” é realmente tão bom assim? Contrabalança todos os muitos aspectos negativos do Natal? É cristão, se não no sentido religioso, pelo menos em sentido moral?

Examinemos este assunto à luz das qualidades que a Bíblia mostra serem características do espírito de Deus, e que, por conseguinte, devem caracterizar a vida dos verdadeiros cristãos. Tais qualidades são destacadas nos subtítulos em negrito que se seguem. (Gál. 5:22, 23) São características do “espírito do Natal”?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A ESPÉCIE DE PESSOA QUE DEUS É

É Deus o tipo de pessoa que passaríamos a amar, se o conhecêssemos bem? Pode ser que diga: ‘Talvez. Mas visto que não podemos ver a Deus, como podemos chegar a saber algo sobre ele?’ (João 1:18) A Bíblia mostra um modo de fazer isso, dizendo: “Pois as suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade.” (Romanos 1:20) Portanto, se realmente examinarmos as coisas que Deus criou e refletirmos nelas, elas poderão ajudar-nos a entender como Deus é.

Conforme já vimos, uma olhada para os céus estrelados certamente nos ajuda a perceber a grandiosidade e o tremendo poder de Deus! (Salmo 8:3, 4; Isaías 40:26) Considere também a terra. Deus colocou-a nos céus de modo que obtivesse a quantidade exatamente certa de calor e luz do sol. E considere o ciclo da água. A chuva rega a terra. A água flui para os rios, os quais correm para os mares. O sol faz subir a água dos mares em forma de vapor, o qual cai para novamente regar a terra. (Eclesiastes 1:7) São muitos os ciclos maravilhosos que Deus pôs em operação para prover alimento, abrigo e tudo o que o homem e os animais precisam! E o que nos dizem todas essas coisas maravilhosas sobre a espécie de pessoa que Deus é? Que ele é um Deus de grande sabedoria, que é muito generoso e cuida de suas criações. — Provérbios 3:19, 20; Salmo 104:13-15, 24, 25.

Considere o seu próprio corpo. É evidente que foi feito para mais do que apenas viver. Foi projetado maravilhosamente para deveras usufruir a vida. (Salmo 139:14) Nossos olhos enxergam não apenas em preto e branco, mas em cores, e o mundo está cheio duma abundância de cores para nosso deleite. Podemos cheirar e saborear. Portanto, o comer não é apenas uma função necessária; pode ser delicioso. Esses sentidos não são absolutamente necessários à vida, mas são as dádivas dum Deus amoroso, generoso e atencioso. — Gênesis 2:9; 1 João 4:8.

Um exame de como Deus lida com a humanidade também mostra que espécie de Deus ele é. Ele tem um forte senso de justiça. Não mostra favoritismo para com certas raças de pessoas. (Atos 10:34, 35) É também misericordioso e bondoso. A Bíblia diz a respeito de seu procedimento com a nação de Israel, que ele libertou da escravidão no Egito: “Ele foi misericordioso; . . . ele se lembrava de que eram carne.” Os israelitas, porém, foram muitas vezes desobedientes, e isso causou tristeza a Deus. Conforme diz a Bíblia: “Faziam-no sentir-se magoado . . . e penavam ao próprio Santo de Israel.” (Salmos 78:38-41; 103:8, 13, 14) Por outro lado, quando seus servos são obedientes às suas leis, Deus se alegra. (Provérbios 27:11) Deus descreveu também como se sente quando seus servos sofrem às mãos de inimigos: “Aquele que toca em vós, toca na menina do meu olho.” (Zacarias 2:8) Não se sente induzido a amar um Deus que tem tanta afeição pelos humanos humildes e insignificantes de todas as raças e povos? — Isaías 40:22; João 3:16.

É DEUS REALMENTE UMA PESSOA?

Embora a maioria das pessoas digam que crêem em Deus, muitas não acham ser ele realmente uma pessoa. Será que é uma pessoa? Ora, é óbvio que onde há inteligência há um cérebro num corpo de forma específica. Portanto, o grande intelecto responsável por toda a criação pertence a uma grande Pessoa, o Deus Todo-poderoso. Embora ele não possua um corpo material, tem um espiritual. Uma pessoa espiritual tem corpo? Sim, a Bíblia diz: “Se há corpo físico, há também um espiritual.” — 1 Coríntios 15:44; João 4:24.

Visto que Deus é uma pessoa com um corpo espiritual, deve ter um lugar para morar. A Bíblia nos diz que os céus são “o lugar estabelecido de morada” de Deus. (1 Reis 8:43) Somos também informados de que “Cristo entrou . . . no próprio céu, para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus”. (Hebreus 9:24) Alguns humanos serão recompensados com a vida no céu, junto a Deus, ocasião em que receberão um corpo espiritual. A Bíblia diz que verão então a Deus e também serão semelhantes a ele. (1 João 3:2) Isto também mostra que Deus é uma pessoa e que ele tem um corpo.

Mas, alguém talvez pergunte: ‘Se Deus é realmente uma pessoa que mora em certo lugar no céu, como é que ele pode ver tudo o que acontece em toda a parte? E como pode seu poder ser sentido em toda a parte do universo?’ (2 Crônicas 16:9) Ser Deus uma pessoa de modo algum limita seu poder ou sua grandeza. Tampouco deve diminuir nosso respeito por Ele. (1 Crônicas 29:11-13) Para ajudar a compreender isso pense nos efeitos de amplo alcance duma usina elétrica.

A usina elétrica está em determinado lugar. Mas a sua eletricidade é distribuída em toda uma região, fornecendo luz e energia. Com Deus é similar. Ele está nos céus. (Isaías 57:15; Salmo 123:1) Contudo, seu espírito santo, que é a sua invisível força ativa, pode ser sentido em toda a parte, em todo o universo. Por meio do seu espírito santo, Deus criou os céus, a terra e todas as coisas viventes. (Salmo 33:6; Gênesis 1:2; Salmo 104:30) Para criar essas coisas, Deus não precisava estar presente em pessoa. Ele pode enviar seu espírito, sua força ativa, para fazer o que quiser, mesmo que ele esteja longe. Que Deus maravilhoso! — Jeremias 10:12; Daniel 4:35.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Deus Recompensa Ações Feitas em Particular

Alguns vivem com medo de que seu mau proceder seja descoberto, por homens ou por Deus. Não seja assim conosco. Em vez disso, vivamos com a percepção de que não podemos esconder nada Dele, “pois o próprio verdadeiro Deus levará toda sorte de trabalho a julgamento com relação a toda coisa oculta, quanto a se é bom ou mau”. (Eclesiastes 12:14) Aceitemos a ajuda de Deus para vencer nossas faltas, mesmo as ocultas. Assim poderemos aguardar o tempo em que ‘as coisas secretas da escuridão’ serão trazidas à luz e “os conselhos dos corações” serão manifestados. “Então cada um terá o seu louvor da parte de Deus.” — 1 Coríntios 4:5; Romanos 2:6, 7, 16.

A Luta Contra o Abuso de Bebidas Alcoólicas

‘O vinho alegra a Deus e os homens’, diz um versículo da Bíblia. (Juízes 9:13) Talvez você concorde com isso, porque as bebidas alcoólicas têm ajudado a prover descontração e prazer para muitos. (Salmo 104:15) Poucos negariam, porém, que o uso de bebidas alcoólicas apresenta perigos tanto físicos como morais. Um grande problema é a flagrante embriaguez. Esta falta é tão séria, que Deus advertiu que os beberrões podem ser expulsos da congregação e excluídos do Reino. (1 Coríntios 5:11-13; Gálatas 5:19-21) Os cristãos estão apercebidos disso e concordam em que devem evitar embriagar-se. Mas, além da embriaguez, como poderiam as bebidas alcoólicas tornar-se uma falta secreta?

Um cristão talvez beba apenas moderadamente, mas ainda assim pode ter uma séria falta. Veja a experiência dum homem a quem chamaremos de Henrique.

Ele, sua esposa e os filhos tornaram-se verdadeiros cristãos e estavam muito ativos na congregação local. Com o tempo, Henrique foi designado para ancião e passou a ser encarado como ‘coluna’ entre as congregações na cidade. (Gálatas 2:9) Naturalmente, ele sofria pressões ao cuidar de sua família e algumas ansiedades em cuidar do rebanho. (2 Coríntios 11:28) Seu emprego, porém, causava-lhe muita tensão, porque a firma para a qual trabalhava estava em expansão, e seu chefe queria que cuidasse de numerosos problemas e decisões.

Muitas noites, Henrique estava bastante tenso. Ele achava que um ou dois drinques lhe ajudavam a descontrair-se. Naturalmente, sendo cristão maduro, cuidava de não beber demais ou de embriagar-se. Embora ele tomasse alguns drinques à noite para descontrair-se, não precisava de bebidas alcoólicas durante o dia, nem bebia na maioria das refeições. Não era conhecido como ‘dado a muito vinho’. — 1 Timóteo 3:8.

Inesperadamente, Henrique foi internado num hospital para uma operação simples. Surgiram então alguns sintomas incomuns. Qual era sua causa? Não levou muito para os médicos descobrirem que Henrique estava sofrendo de sintomas de abstinência. Sim, seu organismo havia ficado dependente do álcool. Isto foi uma surpresa para a sua família, mas esta o apoiou e ajudou na sua resolução de evitar completamente as bebidas alcoólicas.

Alguns percebem que as bebidas alcoólicas assumiram um papel incomum na sua vida, de modo que procuram ocultar que bebem, não querendo que a família e os amigos saibam quanto eles bebem, nem quantas vezes o fazem. Outros talvez não achem que sejam dependentes do álcool, mas, ainda assim, beber tornou-se o ponto focal do seu dia. Os que se encontram em qualquer uma dessas categorias estão em grave perigo de beber demais em certa ocasião ou de serem alcoólatras ocultos. Considere o seguinte provérbio: “O vinho é zombador, a bebida inebriante é turbulenta, e quem se perde por ele não é sábio.” (Provérbios 20:1) O ponto em questão é que beber demais pode fazer a pessoa agir de modo turbulento e se tornar ridícula. Entretanto, o vinho talvez zombe de alguém ainda em outro sentido. A pessoa merece ser zombada se achar que pode beber sem que Deus o veja.

Um dos frutos do espírito de Deus é o autodomínio, e precisamos dele em todos os aspectos da vida. (Gálatas 5:22, 23) Paulo comparou o cristão a um corredor. Numa corrida normal, o corredor “exerce autodomínio em todas as coisas”, só para obter “uma coroa corruptível”. De modo similar, o cristão precisa demonstrar “autodomínio em todas as coisas” para ganhar um prêmio de valor muito superior — a VIDA. Paulo enfatizou que precisamos ‘conduzir nosso corpo como escravo’, para termos a certeza de que, ‘depois de termos pregado a outros, nós mesmos não sejamos de algum modo desaprovados’, por uma falta secreta tal como a que envolve bebidas alcoólicas. — 1 Coríntios 9:24-27.

O que pode ajudar o cristão a vencer tal falta? E útil reconhecer que, embora aquele que bebe esconda seu proceder neste respeito diante de outros homens, não pode ocultá-lo de Deus. (1 Coríntios 4:5) De modo que a pessoa — à vista de Deus — deve honestamente pensar no seu hábito de beber. (Estamos falando de beber por prazer ou por causa do efeito que produz, não apenas em pequenas quantidades como bebida comum nas refeições.) Alguns, porém, talvez digam: ‘Mas, eu não preciso beber. Apenas gosto disso; descontrai-me. Eu poderia abster-me disso, se quisesse.’ Pois bem, em vista do perigo potencial do excesso de beber ou da dependência do álcool, por que não experimenta isso por um ou dois meses? Ou, visto haver forte tendência de negar que haja um problema, resolva abster-se por um mês em todas as ocasiões em que tomar uma bebida seria normal. Por exemplo, aquele que costuma beber depois do trabalho, antes de ir dormir, ou em reuniões sociais, poderia evitar isso. Poderá assim verificar como se sente. Se isso for difícil, ou se ‘simplesmente não consegue descontrair-se’, ele tem uma grave falta.

Uma vez que o cristão sincero se da conta perante Deus que ele tem uma falta envolvendo bebidas alcoólicas, será mais fácil vencer isso. Talvez já saiba que a Bíblia diz que é ‘estúpido’ aquele que acha ‘que águas furtadas são doces e que pão comido [ou álcool tomado] às escondidas é agradável’. Entretanto, Provérbios diz que tais pessoas acabarão impotentes na morte. Em contraste com isso, o sábio ama a repreensão, e ele ‘deixa os inexperientes e continua vivendo por andar direito no caminho do entendimento’. (Provérbios 9:1, 6, 8, 13-18) Sim, Deus provê ajuda adicional para vencer faltas secretas por nos deixar saber o que nos aguarda, e qual será o resultado final.

Vencer Esta Falta Particular

Se um cristão tiver esta falta secreta, o que poderá fazer para vencê-la, a fim de “obter posse do seu próprio vaso em santificação e honra”? (1 Tessalonicenses 4:4) Deus, mediante a Sua Palavra, provê valiosa ajuda.

Em primeiro lugar, é importante reconhecer que Deus estabeleceu normas. Ele tornou claro o erro do sexo extramarital, tanto a fornicação como o adultério. (Hebreus 13:4) Portanto, se crermos que Seu modo é o melhor, procuraremos as recompensas satisfatórias da expressão sexual apenas dentro do matrimônio. (Salmo 25:4, 5) O livro Adolescência, de E. Atwater, em inglês, salienta que, com respeito à masturbação, os jovens costumam demonstrar ‘reticência, embaraço e apreensões’. Um motivo citado é que ‘a intimidade duma relação amorosa que acompanha as relações sexuais está faltando na masturbação’. Sim, há benefícios em controlar o desejo sexual até que possa ser expresso nas relações maritais amorosas.

A Palavra de Deus fornece ajuda adicional por aconselhar: ‘Todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as coisas de que se fala bem e toda virtude que há, continuai a considerar tais coisas.’ (Filipenses 4:8) É evidente que retratos eróticos e novelas imorais ‘não são castos, nem se fala bem deles, nem são virtuosos’. Entretanto, estas coisas são amiúde as coisas com que os masturbadores se alimentam. Todo aquele que estiver decidido a vencer tal falta, portanto, definitivamente deve evitar tal matéria erótica. A experiência tem demonstrado que, quando os desejos de alguém são atraídos para algo erótico que antes levava à masturbação, a firme concentração no que é justo e casto pode esfriar esses desejos. Isto é especialmente importante quando se está sozinho ou no escuro, ocasião em que a falta secreta do vício solitário é mais comum. — Romanos 13:12-14.

Uma ajuda relacionada é manter-se ativo em harmonia com a admoestação: “Mantende estrita vigilância para não andardes como néscios, mas como sábios, comprando para vós todo o tempo oportuno, porque os dias são iníquos.” (Efésios 5:15) Peça a um confidente cristão sugestões sobre coisas positivas a fazer. (Isaías 32:2) Muitos dos que venceram esta falta admitem que saberem que um cristão preocupado acompanha seu progresso ajudou-lhes a desenvolver autodomínio. Naturalmente, quem deveria ser o nosso mais íntimo confidente é Jeová. De modo que é vital recorrer a ele em oração, buscando a sua ajuda. (Filipenses 4:6, 7) Caso alguém que combate esta falta já por algum tempo ‘tropece’, pode solicitar força a Deus, renovando depois seus esforços e sendo provavelmente de novo bem-sucedido por um período ainda mais longo. — Hebreus 12:12, 13; Salmo 103:13, 14.

Uma Falta Secreta Que Envolva o Desejo Sexual

Uma das mais belas dádivas de Deus é o casamento, conjugado com a faculdade e o desejo da reprodução. (Gênesis 1:28) O desejo sexual expresso nas relações maritais é natural e puro. A Bíblia aprova que se tenha satisfação sexual com o próprio cônjuge. (Provérbios 5:15-19) Entretanto, o impulso sexual não pode ficar desenfreado. Como comparação, considere nosso desejo de comer. Que nosso apetite é repetitivo não significa que devemos criar um anseio desordenado pela comida, ou que não deva haver controle sobre quando, onde e como comemos. — Provérbios 25:16, 27.

Paulo talvez fosse anteriormente casado, e ele sabia que as expressões sexuais normais entre cônjuges eram apropriadas. (1 Coríntios 7:1-5) De modo que deve ter-se referido a outra coisa quando escreveu: “Amortecei, portanto, os membros do vosso corpo que estão na terra, com respeito a fornicação, impureza, apetite sexual, desejo nocivo e cobiça.” (Colossenses 3:5) Ele deve ter-se referido a expressões sexuais fora do devido ambiente e arranjo marital. O apóstolo disse também: “Cada um de vós saiba obter posse do seu próprio vaso em santificação e honra, não em cobiçoso apetite sexual.” (1 Tessalonicenses 4:4, 5) Este conselho franco e inspirado é proveitoso tanto para os cristãos casados como para os solteiros.

Uma maneira em que tais “paixões libidinosas” (1 Tessalonicenses 4:5, Novo Testamento, Mateus Hoepers) muitas vezes são expressas é por excitar a pessoa seus próprios órgãos sexuais pelo prazer que isso traz. Isto se chama masturbação, ou vício solitário. É bastante comum entre rapazes e moças solteiros. Mas é também praticado por muitos casados. Sua generalidade tem induzido muitos médicos a afirmar que é algo normal e até mesmo benéfico. Todavia, esta prática contraria o conselho de Deus contra o “cobiçoso apetite sexual”. Podemos avaliar o motivo disso, e por que os cristãos devem vencer esse hábito, por considerar o conselho que Jesus deu.

Jesus disse: “Todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, a ponto de ter paixão por ela, já cometeu no coração adultério com ela.” (Mateus 5:28) Ele sabia que pensamentos apaixonantes de adultério são muitas vezes os precursores de atos imorais. No entanto, mesmo os que desculpam a masturbação admitem que ela usualmente envolve fantasias sexuais. O livro Conversa com o Seu Adolescente (em inglês); depois de falar sobre a “atenção cônscia [por parte dos jovens] dada ao prazer que a masturbação pode dar”, acrescenta: “Eles talvez se imaginem em situações sexuais desenfreadas ou com parceiros do mesmo sexo, ou com gente mais velha, tais como professores ou professoras, parentes e até mesmo [os pais]. Podem ter fantasias sobre violência sexual. Tudo isso é absolutamente normal.” Mas é mesmo? Como poderiam os cristãos considerar como “normais” tais fantasias e tal masturbação em vista da advertência de Jesus contra o ‘adultério no coração’ ou do conselho de Paulo contra o “cobiçoso apetite sexual”? Não, tais fantasias e tal vício solitário — quer por parte de jovens, quer por parte de adultos, por solteiros ou por casados — precisam ser vencidos.

Aceite a ajuda de Deus para vencer faltas secretas

“Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” — FILIPENSES 4:13.

O RAPAZ era epiléptico. Espumava pela boca, tinha convulsões, e às vezes caia na água ou no fogo. Seu pai preocupado procurou um homem famoso por curar os doentes. Quando parecia que havia falta de confiança na capacidade deste homem, o pai exclamou: “Tenho fé! Ajuda-me onde necessito de fé!”

Podemos aprender algo deste pai que procurou a ajuda de Jesus. O homem admitiu que a sua fé talvez fosse falha; ele tinha também certeza de que Jesus queria ajudar. O mesmo se pode dar conosco quando confrontados com as nossas próprias falhas — mesmo as secretas — e nos esforçamos para vencê-las. Podemos estar certos de que Deus quer ajudar-nos, assim como ele ajudou outros no passado. (Veja Marcos 1:40-42.) Por exemplo, ele ajudou o apóstolo Paulo a lidar com faltas que poderiam surgir de se ter abundância ou de se estar em necessidade. O pobre talvez anseie ter riquezas; a falta do rico talvez seja que confia tranqüilamente no seu sucesso e menospreza os que não têm tanto. (Jó 31:24, 25, 28) Como venceu ou evitou Paulo tais faltas? Ele disse: “Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” — Filipenses 4:11-13.

Recorrendo ao poder de Deus, seremos sábios se nos esforçarmos a vencer nossas faltas, não fazendo pouco caso delas só porque atualmente talvez sejam secretas. O salmista disse a respeito de Deus: “Ele se apercebe dos segredos do coração.” (Salmo 44:21) Se não vencermos as nossas faltas, elas poderão vir à tona para maior detrimento nosso. Nisto se aplica o princípio: “Os pecados de alguns homens manifestam-se publicamente, conduzindo diretamente ao julgamento, mas, quanto a outros homens, os pecados deles também se tornam manifestos mais tarde.” (1 Timóteo 5:24) Examinemos duas faltas comuns que merecem a atenção dos cristãos que querem agradar Deus.