quinta-feira, 29 de abril de 2010

QUAL É O AMOR CORRETO PARA COM OS DO MUNDO?

Será que ‘não fazer parte do mundo’ significa que é preciso tornar-se ‘odiador da humanidade’? De modo algum. Antes, deve imitar a Deus. Conforme registrado em João 3:16, Jesus Cristo nos diz: “Deus amou tanto o mundo [da humanidade], que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” A benignidade e a compaixão de Deus para com toda espécie de pessoas nos fornecem o exemplo a seguir. — Mateus 5:44-48.
Mas não nos diz o apóstolo João: “Não estejais amando nem o mundo, nem as coisas no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”? Se Deus amou o mundo, então por que é que o apóstolo diz isso? — 1 João 2:15.
A Bíblia mostra que Deus amou o mundo da humanidade simplesmente como humanos, pessoas num estado imperfeito e moribundo, desesperadas em necessidade de ajuda, quer reconhecessem isso, quer não. Mas ele não amou as qualidades ímpias que tinham e que se manifestavam em desejos errados. Ele não amou os atos ímpios que praticavam. O apóstolo João advertiu contra o amor aos desejos errados e aos atos errados do mundo da humanidade, dizendo: “Porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo. Outrossim, o mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” — 1 João 2:15-17.
Sim, tais desejos da carne e dos olhos, e o desejo de enaltecimento pessoal, ‘originam-se do mundo’ — foram criados pelos primeiros pais da humanidade e os levaram a um proceder de rebelião. (Gênesis 3:1-6, 17) O desejo errado os induziu a procurar ser independentes de Deus, para que pudessem seguir interesses egoístas, em desacordo com a vontade dele. Seguirem estes desejos egoístas levou-os a violar a lei de Deus.
Veja o que pode observar em sua volta, em nosso tempo. Não desenvolvem a maioria das pessoas atualmente sua vida em torno dos desejos da carne e dos olhos, e da “ostentação dos meios de vida da pessoa”? Não são estas as coisas que formulam as esperanças e os interesses da grande maioria da humanidade, governando seu modo de agir e seus tratos com outros? Sim, e isto os levou a violar as leis de Deus. Por causa disso, a história da humanidade é um longo registro de desunião e de guerra, de imoralidade e de crime, de ganância comercial e de opressão, e de ambição orgulhosa e empenho por fama e poder.
Podemos assim ver a diferença entre amar o mundo assim como Deus amou e amar seus desejos e suas práticas erradas, o que o apóstolo condena. O amor de Deus ao mundo da humanidade expressou-se no próprio objetivo de abrir o caminho para que esta se libertasse destes desejos pecadores e de seus maus resultados, inclusive da própria morte. Ele expressou este amor a um grande custo para si mesmo, entregando seu próprio Filho como sacrifício para resgatar a humanidade. Mas, quanto a todo aquele que rejeitar este sacrifício e continuar deliberadamente desobediente, a Bíblia diz que “o furor de Deus permanece sobre ele”. — João 3:16, 36; Romanos 5:6-8.
Que dizer, então, de nós? Amamos as pessoas do mundo por causa do interesse sincero nelas como outros humanos, como pessoas que precisam de ajuda para encontrar o caminho da vida no favor de Deus? Ou amamos as próprias coisas que as refreiam de se tornar servos de Deus — o proceder independente, em que passam a violar as leis de Deus para satisfazer seus interesses carnais egoístas e sua preocupação com a sua própria importância e glória, em vez de as de Deus? Se nos sentirmos atraídos a pessoas e gostarmos de estar com elas por causa destas qualidades más, então amamos o mundo dum modo contra o qual o apóstolo advertiu.
Visto que muitos, nos dias de Jesus, amavam o proceder mau do mundo, evitavam tomar posição firme como discípulos de Jesus. Não queriam perder sua popularidade e sua posição entre as pessoas de seus círculos sociais e religiosos. Amavam o louvor dos homens mais do que a aprovação de Deus. (João 12:42, 43) Alguns faziam obras de caridade e outros atos religiosos — mas principalmente porque queriam ter prestígio perante os homens, sim, perante o mundo da humanidade. (Mateus 6:1-6; 23:5-7; Marcos 12:38-40) Não observa pessoas, mesmo grande número das da cristandade, que mostram a mesma espécie de amor ao proceder errado do mundo atual? Sim, a Bíblia mostra que este não é o proceder que leva à sobrevivência.

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