quarta-feira, 31 de março de 2010

papas - efeitos do cisma

O que dividiu grandemente a igreja católica foi a questão da reforma junto com as ambições egoístas de homens cobiçosos. No Concílio de Constância, portanto, deu-se ênfase não à reforma, mas à união. Entre as coisas de que é culpado se acha a condenação e a queima do reformador boêmio John Huss.10 E embora sanasse superficialmente a brecha dentro da Igreja de Roma, o dano já tinha sido causado. Assim, certo historiador descreve o poderoso efeito que este grande cisma teve sobre o notável erudito e prelado católico-romano inglês, Wycliffe, ao cristalizar sua oposição à sua igreja: “Os últimos seis anos de vida de Wycliffe se destacam como o resultado da influência do Grande Cisma.”17 E escreveu outro: “Foram os Cardeais em Roma, em 1378, que lançaram o alicerce do movimento que culminou na revolta religiosa do século dezesseis.”17 De fato, até mesmo o movimento hussita foi fruto do Grande Cisma Ocidental, pois Huss foi influenciado por Wycliffe.10

Atualmente há de novo muita dissenção no seio da Igreja de Roma. Encara um dilema: não está mudando o suficiente rápido para agradar os líderes liberais, e está indo rápido demais para os elementos conservadores. Não é de admirar que o Papa Paulo VI se queixe de um “fermento cismático” e faça um apelo à obediência. Embora hoje não haja papas rivais, alguns católicos se opõem tão fortemente às mudanças feitas que fizeram iradamente uma demonstração contra elas nas ruas de Roma em fins de 1969. “Alguns dos oponentes mais amargos da liturgia atualizada chegaram até ao ponto de chamar Paulo de antipapa herético.”7

Quão distante está a história passada e presente do papado, com seus papas rivais e suas dissensões, do exemplo e dos ensinos de Jesus! Era humilde de coração e aconselhou que “quem quiser ser o primeiro entre vós, tem de ser o vosso escravo”. (Mat. 20:27) Ademais, disse que seus seguidores seriam reconhecidos como constituindo a igreja verdadeira pelo seu amor e união, não pela sua divisão e recurso às armas. — João 13:34, 35.

E quão afastadas estão as ações daqueles papas rivais do conselho do apóstolo Paulo: “Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas com humildade, considerando aos outros superiores a vós mesmos. Visando cada um não os seus próprios interesses, senão os dos outros.” — Fil. 2:3, 4, CBC.

Teria havido papas rivais nos dias idos se se tivessem seguido estas palavras de Jesus e de Paulo? Haveria o tumulto que há no seio da igreja romana atualmente? Será que a Igreja Católica Romana realmente se enquadra na descrição que a Bíblia dá dos verdadeiros cristãos? Os fatos falam por si mesmos.

REFERÊNCIAS

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