quarta-feira, 24 de março de 2010

Muitas teorias

O estudo da origem e do desenvolvimento da religião é um campo relativamente novo. Por séculos, as pessoas de modo geral aceitavam as tradições religiosas que herdaram, e segundo as quais foram criadas. A maioria se sentia satisfeita com as explicações que lhes eram legadas por seus antepassados, achando que a sua religião era a verdade. Raramente havia razão para questionar algo, tampouco a necessidade de investigar como, quando ou por que as coisas começaram. De fato, por séculos, com limitados meios de locomoção e comunicação, poucas pessoas sequer sabiam da existência de outros sistemas religiosos.

Durante o século 19, porém, o quadro começou a mudar. A teoria da evolução empolgava os círculos intelectuais. Isto, junto com o advento da inquirição científica, levou muitos a questionar os sistemas estabelecidos, incluindo a religião. Reconhecendo as limitações quanto a procurar pistas dentro da religião existente, alguns estudiosos voltaram-se para os vestígios de primitivas civilizações, ou para cantos remotos do mundo onde as pessoas ainda viviam em sociedades primitivas. Tentaram aplicar a tais os métodos da psicologia, sociologia, antropologia, e assim por diante, esperando descobrir uma pista quanto a como a religião começou, e por quê.

Com que resultado? Subitamente, irromperam em cena muitas teorias — aparentemente tantas quanto o número de investigadores — cada investigador contrariando o outro, e cada qual se empenhando em sobrepujar o outro em ousadia e originalidade. Alguns destes pesquisadores chegaram a conclusões importantes; o trabalho de outros simplesmente caiu no esquecimento. É tanto instrutivo como esclarecedor obtermos uma breve visão dos resultados dessas pesquisas. Isto nos ajudará a entendermos melhor as atitudes religiosas das pessoas com as quais entramos em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário