quarta-feira, 10 de março de 2010

A MODERNA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

“Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público e em particular.”

Artigo 18, Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.

EXISTE liberdade religiosa em seu país? A maioria dos países diz endossar esse nobre princípio, que é muitas vezes incluído em declarações internacionais. Estima-se, no entanto, que em numerosos países em que a intolerância e a discriminação são duras realidades, incontáveis milhões de pessoas atualmente não têm liberdade religiosa. Por outro lado, muitos vivem em sociedades multirraciais, multiétnicas ou multirreligiosas em que a liberdade é garantida por lei e a tolerância parece estar embutida na cultura do país.

No entanto, até nesses lugares, algumas pessoas sofrem ameaças à liberdade religiosa. “A discriminação baseada em religião ou em convicção existe em quase todos os sistemas econômicos, sociais e ideológicos e em todas as partes do mundo”, observou Angelo d’Almeida Ribeiro, ex-Relator Especial nomeado pela Comissão dos Direitos Humanos da ONU. Em seu livro “Liberdade de Religião e de Crença — Relatório Mundial” (em inglês, 1997), os editores Kevin Boyle e Juliet Sheen declaram: “A perseguição religiosa de fés minoritárias, a proscrição de crenças e a disseminada discriminação . . . são ocorrências diárias no fim do século vinte.”

A discriminação religiosa, contudo, não afeta apenas as minorias religiosas. O professor Abdelfattah Amor, Relator Especial sobre Intolerância Religiosa, da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, considera que “nenhuma religião está a salvo da violação”. É bem provável, portanto, que algumas religiões onde você vive sofram freqüentemente alguma forma de intolerância e preconceito

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