quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Luta Contra o Abuso de Bebidas Alcoólicas

‘O vinho alegra a Deus e os homens’, diz um versículo da Bíblia. (Juízes 9:13) Talvez você concorde com isso, porque as bebidas alcoólicas têm ajudado a prover descontração e prazer para muitos. (Salmo 104:15) Poucos negariam, porém, que o uso de bebidas alcoólicas apresenta perigos tanto físicos como morais. Um grande problema é a flagrante embriaguez. Esta falta é tão séria, que Deus advertiu que os beberrões podem ser expulsos da congregação e excluídos do Reino. (1 Coríntios 5:11-13; Gálatas 5:19-21) Os cristãos estão apercebidos disso e concordam em que devem evitar embriagar-se. Mas, além da embriaguez, como poderiam as bebidas alcoólicas tornar-se uma falta secreta?

Um cristão talvez beba apenas moderadamente, mas ainda assim pode ter uma séria falta. Veja a experiência dum homem a quem chamaremos de Henrique.

Ele, sua esposa e os filhos tornaram-se verdadeiros cristãos e estavam muito ativos na congregação local. Com o tempo, Henrique foi designado para ancião e passou a ser encarado como ‘coluna’ entre as congregações na cidade. (Gálatas 2:9) Naturalmente, ele sofria pressões ao cuidar de sua família e algumas ansiedades em cuidar do rebanho. (2 Coríntios 11:28) Seu emprego, porém, causava-lhe muita tensão, porque a firma para a qual trabalhava estava em expansão, e seu chefe queria que cuidasse de numerosos problemas e decisões.

Muitas noites, Henrique estava bastante tenso. Ele achava que um ou dois drinques lhe ajudavam a descontrair-se. Naturalmente, sendo cristão maduro, cuidava de não beber demais ou de embriagar-se. Embora ele tomasse alguns drinques à noite para descontrair-se, não precisava de bebidas alcoólicas durante o dia, nem bebia na maioria das refeições. Não era conhecido como ‘dado a muito vinho’. — 1 Timóteo 3:8.

Inesperadamente, Henrique foi internado num hospital para uma operação simples. Surgiram então alguns sintomas incomuns. Qual era sua causa? Não levou muito para os médicos descobrirem que Henrique estava sofrendo de sintomas de abstinência. Sim, seu organismo havia ficado dependente do álcool. Isto foi uma surpresa para a sua família, mas esta o apoiou e ajudou na sua resolução de evitar completamente as bebidas alcoólicas.

Alguns percebem que as bebidas alcoólicas assumiram um papel incomum na sua vida, de modo que procuram ocultar que bebem, não querendo que a família e os amigos saibam quanto eles bebem, nem quantas vezes o fazem. Outros talvez não achem que sejam dependentes do álcool, mas, ainda assim, beber tornou-se o ponto focal do seu dia. Os que se encontram em qualquer uma dessas categorias estão em grave perigo de beber demais em certa ocasião ou de serem alcoólatras ocultos. Considere o seguinte provérbio: “O vinho é zombador, a bebida inebriante é turbulenta, e quem se perde por ele não é sábio.” (Provérbios 20:1) O ponto em questão é que beber demais pode fazer a pessoa agir de modo turbulento e se tornar ridícula. Entretanto, o vinho talvez zombe de alguém ainda em outro sentido. A pessoa merece ser zombada se achar que pode beber sem que Deus o veja.

Um dos frutos do espírito de Deus é o autodomínio, e precisamos dele em todos os aspectos da vida. (Gálatas 5:22, 23) Paulo comparou o cristão a um corredor. Numa corrida normal, o corredor “exerce autodomínio em todas as coisas”, só para obter “uma coroa corruptível”. De modo similar, o cristão precisa demonstrar “autodomínio em todas as coisas” para ganhar um prêmio de valor muito superior — a VIDA. Paulo enfatizou que precisamos ‘conduzir nosso corpo como escravo’, para termos a certeza de que, ‘depois de termos pregado a outros, nós mesmos não sejamos de algum modo desaprovados’, por uma falta secreta tal como a que envolve bebidas alcoólicas. — 1 Coríntios 9:24-27.

O que pode ajudar o cristão a vencer tal falta? E útil reconhecer que, embora aquele que bebe esconda seu proceder neste respeito diante de outros homens, não pode ocultá-lo de Deus. (1 Coríntios 4:5) De modo que a pessoa — à vista de Deus — deve honestamente pensar no seu hábito de beber. (Estamos falando de beber por prazer ou por causa do efeito que produz, não apenas em pequenas quantidades como bebida comum nas refeições.) Alguns, porém, talvez digam: ‘Mas, eu não preciso beber. Apenas gosto disso; descontrai-me. Eu poderia abster-me disso, se quisesse.’ Pois bem, em vista do perigo potencial do excesso de beber ou da dependência do álcool, por que não experimenta isso por um ou dois meses? Ou, visto haver forte tendência de negar que haja um problema, resolva abster-se por um mês em todas as ocasiões em que tomar uma bebida seria normal. Por exemplo, aquele que costuma beber depois do trabalho, antes de ir dormir, ou em reuniões sociais, poderia evitar isso. Poderá assim verificar como se sente. Se isso for difícil, ou se ‘simplesmente não consegue descontrair-se’, ele tem uma grave falta.

Uma vez que o cristão sincero se da conta perante Deus que ele tem uma falta envolvendo bebidas alcoólicas, será mais fácil vencer isso. Talvez já saiba que a Bíblia diz que é ‘estúpido’ aquele que acha ‘que águas furtadas são doces e que pão comido [ou álcool tomado] às escondidas é agradável’. Entretanto, Provérbios diz que tais pessoas acabarão impotentes na morte. Em contraste com isso, o sábio ama a repreensão, e ele ‘deixa os inexperientes e continua vivendo por andar direito no caminho do entendimento’. (Provérbios 9:1, 6, 8, 13-18) Sim, Deus provê ajuda adicional para vencer faltas secretas por nos deixar saber o que nos aguarda, e qual será o resultado final.

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