quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Religião Verdadeira

Obviamente, a religião verdadeira não foi afetada pela confusão dos meios de expressão da humanidade, causada por Deus em Babel. A adoração verdadeira havia sido praticada antes do Dilúvio por homens e mulheres fiéis tais como Abel, Enoque, Noé, bem como a esposa, os filhos e as noras de Noé. Depois do Dilúvio a adoração verdadeira foi preservada na linhagem de Sem, filho de Noé. Abraão, um descendente de Sem, praticou a religião verdadeira e tornou-se conhecido como “pai de todos os que têm fé”. (Romanos 4:11) A sua fé foi apoiada por obras. (Tiago 2:21-23) Sua religião era um modo de vida.

A adoração verdadeira continuou a ser praticada na linhagem dos descendentes de Abraão — Isaque, Jacó (ou, Israel), e os 12 filhos de Jacó, dos quais se originaram as 12 tribos de Israel. No final do século 16 AEC, os descendentes de Abraão, através de Isaque, lutavam para preservar a religião pura num ambiente hostil, pagão — o Egito —, onde estavam reduzidos à escravidão. Deus usou seu servo fiel, Moisés, da tribo de Levi, para libertar Seus adoradores do jugo do Egito, um país mergulhado na religião falsa. Por meio de Moisés, Deus concluiu um pacto com Israel, tornando-o Seu povo escolhido. Naquele tempo, Deus regulamentou a sua adoração, temporariamente estabelecendo-a dentro dos limites de um sistema de sacrifícios administrado por um sacerdócio e com um santuário material, primeiro o tabernáculo portátil e, mais tarde, o templo em Jerusalém.

Deve-se notar, contudo, que esses aspectos materiais não se destinavam a se tornar componentes permanentes da religião verdadeira. A Lei era “sombra das coisas vindouras”. (Colossenses 2:17; Hebreus 9:8-10; 10:1) Antes da Lei mosaica, nos tempos patriarcais, os chefes de família aparentemente representavam-nas na oferta de sacrifícios sobre altares que erigiam. (Gênesis 12:8; 26:25; 35:2, 3; Jó 1:5) Mas não havia nenhum sacerdócio organizado, tampouco algum sistema de sacrifícios, com cerimônias e rituais. Ademais, o próprio Jesus expôs a natureza temporária da regulamentada adoração centralizada em Jerusalém quando disse a uma samaritana: “Vem a hora em que nem neste monte [Gerizim, anterior local de um templo samaritano], nem em Jerusalém, adorareis o Pai. . . . Vem a hora, e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade.” (João 4:21-23) Jesus mostrou que a religião verdadeira tem de ser praticada, não com coisas materiais, mas com espírito e verdade.

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