terça-feira, 10 de agosto de 2010

Avizinha-se a terminação do “sinal” predito

PODEMOS hoje ser gratos de que os apóstolos de Jesus Cristo lhe fizeram a pergunta: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” (Mateus 24:3) Sua pergunta levou a que ele proferisse uma profecia extensa e pormenorizada, cuja exatidão nos deixa espantados, ao vermos o progresso de seu cumprimento neste momentoso século vinte. Ajuda-nos a determinar com certeza onde estamos na realização do propósito de Deus para com a humanidade sofredora. Somos fortalecidos na nossa crença de que realmente vivemos durante a “presença” invisível de Cristo, em espírito, e na “terminação do sistema de coisas”, pois vemos o “sinal” que ele predisse.

O “sinal”, em todos os seus pormenores, avizinha-se de sua fase de completa clareza, sem qualquer margem de erro por parte de observadores atentos. O “sinal” tem muitas particularidades, conforme apresentadas na narrativa de Mateus, capítulos vinte e quatro e vinte e cinco, na narrativa de Marcos, capítulo treze, e na narrativa de Lucas, capítulo vinte e um; e levou quase a duração da vida de uma geração da humanidade para se evidenciarem plenamente todas as particularidades do “sinal”. Nos capítulos precedentes, consideramos estas particularidades do sinal, conforme descritas na narrativa de Mateus, capítulo vinte e cinco. Agora consideraremos estas particularidades apresentadas no capítulo vinte e quatro, junto com as narrativas comparativas fornecidas por Marcos e Lucas.

Quando os apóstolos de Cristo iniciaram sua pergunta por dizer: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas?”, eles se referiram às coisas que Jesus havia dito profeticamente naquele mesmo dia de terça-feira, 11 de nisã do ano 33 E.C. No templo de Jerusalém, depois de denunciar os escribas e fariseus religiosos, hipócritas, Jesus prosseguira, dizendo: “Eu vos estou enviando profetas, e sábios, e instrutores públicos. A alguns deles matareis e pendurareis em estacas, e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que venha sobre vós todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem assassinastes entre o santuário e o altar. Deveras, eu vos digo: Todas essas coisas virão sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém, matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados — quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas! Mas vós não o quisestes. Eis que a vossa casa vos fica abandonada. Pois eu vos digo: De modo algum me vereis doravante, até que digais: ‘Bendito aquele que vem em nome de Deus!’”

Antes de Jesus sair do templo ou da casa de adoração, acrescentou mais palavras duma profecia solene, a respeito da qual lemos: “Afastando-se então, Jesus ia sair do templo, mas os seus discípulos aproximaram-se para mostrar-lhe os edifícios do templo. Ele, porém, disse-lhes: ‘Não observais todas estas coisas? Deveras, eu vos digo: De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.’” — Mateus 23:34 a 24:2.

Apenas dois dias antes, no domingo, 9 de nisã, ele havia interrompido sua viagem triunfal em direção a Jerusalém e chorado sobre ela, por causa de sua vindoura destruição. Predizendo a destruição terrível dela pelos romanos, em 70 E.C., ele disse: “Porque virão sobre ti os dias em que os teus inimigos construirão em volta de ti uma fortificação de estacas pontiagudas e te cercarão, e te afligirão de todos os lados, e despedaçarão contra o chão a ti e a teus filhos dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não discerniste o tempo de seres inspecionada.” — Lucas 19:41-44.

Para os judeus naturais e circuncisos, tais como eram os apóstolos de Cristo, estas eram predições perturbadoras. À geração de que faziam parte sobreviria o sangue inocente derramado no decorrer da história judaica e antes. Exatamente quando se cumpririam tais coisas? Eles queriam saber isso. Criam em Jesus e professavam que ele era o Messias ou Ungido, o Cristo. Mas a predita destruição de Jerusalém indicava que ele não estabeleceria seu reino messiânico naquela cidade condenada. Falou de ele não ser visto “doravante”, mas também de sua vinda “em nome de Deus”. Quando estaria novamente presente, para desempenhar seu papel messiânico? A vindoura destruição de Jerusalém e de seu templo certamente tinha de significar o fim do sistema judaico de coisas. Sem cidade santa e sem templo santo, o sacerdócio judaico da família de Arão, o levita, podia estar entre “filhos” de Jerusalém que seriam despedaçados “contra o chão” ou pelo menos seriam postos fora do seu serviço no templo. Não é de se admirar que os apóstolos perguntassem não só sobre a destruição de Jerusalém e de seu templo, mas também: “Qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?”

Suas perguntas referiam-se a pontos corretos de indagação, pois Jesus veio na “terminação” do sistema judaico de coisas. Outros textos falam da situação no mesmo sentido. Hebreus 9:26-28 mostra que Jesus não precisava fazer sacrifícios repetidos de si mesmo e diz: “Senão teria de sofrer muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas agora ele se manifestou uma vez para sempre, na terminação dos sistemas de coisas, para remover o pecado por intermédio do sacrifício de si mesmo. . . . assim também foi oferecido o Cristo uma vez para sempre, para levar os pecados de muitos.” Também 1 Coríntios 10:11 diz: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas.” Contado desde o ano da profecia de Jesus sobre o assunto, o sistema judaico de coisas ainda tinha trinta e sete anos de existência, menos de uma geração com a duração de quarenta anos. Jerusalém foi tomaria e destruída pelos romanos em 7 de elul (ou: 30 de agosto de 70 E.C., segundo o calendário gregoriano). O registro bíblico não diz quantos dos apóstolos de Cristo escaparam do martírio e sobreviveram até aquele acontecimento horrível.

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